O CEO da Entidade Administradora da Faixa (EAF), Leandro Guerra, afirmou que a combinação entre espectro disponível, tecnologias atualizadas e redes móveis modernizadas coloca o Brasil em posição de destaque para desenvolver aplicações baseadas em Internet das Coisas (IoT) e soluções críticas de baixa latência voltadas a cidades inteligentes, indústria e agronegócio.
A declaração foi feita durante o painel “Aplicações Urbanas de IoT e Redes Privativas”, realizado nesta quarta-feira (19/11).
Leilão do 5G criou ambiente favorável
Guerra destacou que o leilão do 5G estabeleceu compromissos estruturantes que impulsionaram o desenvolvimento tecnológico no país. A EAF, responsável por executar as obrigações associadas à faixa de 3,5 GHz, conduz três projetos que contribuem diretamente para o avanço das redes privativas:
- Limpeza da faixa, já concluída;
- Programa Norte Conectado;
- Rede Privativa e Segura do Governo Federal.
Rede exclusiva para comunicação crítica
Segundo o CEO, a rede móvel dedicada à comunicação crítica do Governo Federal — considerada inédita na América Latina — integra plataformas e estabelece um núcleo próprio para tráfego seguro. A iniciativa promete garantir alta disponibilidade para órgãos responsáveis por segurança pública, defesa, emergência e resposta a desastres.
“É uma rede estratégica para a nossa soberania nacional”, afirmou.
Norte Conectado beneficia 10 milhões de pessoas
Durante o painel, Guerra também apresentou o Programa Norte Conectado, levado pela EAF à COP30, em Belém. O projeto prevê a instalação de 14 mil quilômetros de cabos de fibra óptica subfluviais no leito de rios amazônicos, conectando 70 cidades e beneficiando aproximadamente 10 milhões de habitantes.
Ao utilizar os rios como corredores naturais, a iniciativa evita desmatamento e abertura de estradas.
“Estamos ampliando a conectividade na região Norte com uma solução que combina Tecnologia, sustentabilidade, inclusão social e cidadania digital”, destacou.
Base para expansão da IoT
Para Guerra, a infraestrutura já instalada, somada às novas redes e infovias, favorece o crescimento de soluções de IoT no Brasil. Ele citou como exemplo o potencial para sistemas de monitoramento ambiental.
Participantes do painel
Além de Leandro Guerra, também participaram do debate:
- Cristian Silva, coordenador de Telecom e Tecnologia da Rede Globo;
- Fabian Erik Fink, head de Produtos Enterprise da FonNet;
- Rogério Saran, supervisor de Transformação Digital do Porto de Santos.
A mediação foi conduzida por Bruno Cavalcanti, gerente de Regulação e Políticas Públicas da Conexis Brasil Digital.























