O Brasil é rotulado como um dos países mais difíceis para empreender, uma vez que há pesadas cargas tributárias e burocráticas, que dificultam a abertura de uma empresa.
No entanto, embora haja muitas dificuldades, o País ainda é o berço de uma grande quantidade de empreendedores, e esse número cresce a cada ano, principalmente desde o início da pandemia de COVID-19.
O professor de Gestão Empreendedora do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Afonso Carlos Braga, lembra que a grande maioria dos novos empreendedores, durante a pandemia, investiu no setor de alimentação e/ou em experiências gastronômicas no lar, pois esses negócios ajudam a tornar o “confinamento” mais suave.
“Nesse mesmo sentido, outros negócios estão em alta, todos nas áreas de bem-estar e experiências no lar, como Sênior On-Line, Surpreenda Delivery e Person@ll. Os melhores empreendimentos nestes tempos de pandemia são aqueles que ajudam a resolver os problemas que todos enfrentamos durante o isolamento. Além disso, vários negócios ligados a entregas em domicílio tiveram crescimento significativo”, explica Braga.
Caminhos para empreender
Com ou sem pandemia, as etapas não mudaram: o primeiro passo é identificar o problema do seu cliente e apresentar uma solução.
Se houver boa aceitação do mercado (escala), o ideal é desenvolver um protótipo inicial e testá-lo, para que rapidamente se façam os ajustes necessários, a fim de entregar a melhor solução possível, num processo conhecido como produto mínimo viável (MVP).
“Empreender não é uma tarefa simples, por isso a melhor maneira de contornar os riscos é com planejamento, muito estudo, testes e correções de rota com o avião em voo. O portal do SEBRAE é rico em dicas, vídeos e ferramentas de apoio ao empreendedor e existem também muitas soluções e suportes gratuitos, ou quase sem custo, como o registro da empresa (MEI), ferramentas on-line de venda, divulgação etc.”, comenta o especialista.
Negócios com pouco investimento
Todas as soluções digitais e todos os serviços pessoais tendem a ser mais viáveis, pois podem ser exercidos remotamente, por meio de ferramentas digitais.
“Economizam-se, portanto, importantes recursos, como aluguel de escritório, taxas e impostos, para obter um endereço comercial. Não recomendo um negócio informal, pois, ao se abrir um microempreendimento individual (MEI), é possível emitir nota fiscal ao cliente, passa uma imagem positiva de profissionalismo, e ainda terá direito à aposentadoria e assistência oficial pelo INSS”, conclui Braga.
Sobre o Instituto Mauá de Tecnologia
O Instituto Mauá de Tecnologia – IMT promove o ensino científico-tecnológico há 59 anos, visando formar recursos humanos altamente qualificados.
Com dois campi, localizados em São Paulo e São Caetano do Sul, o IMT conta com um Centro Universitário e um Centro de Pesquisas.
O Centro Universitário oferece cursos de graduação em Administração, Design e Engenharia, e agora também na área de Tecnologia da Informação. Na pós-graduação, são oferecidos cursos de atualização, aperfeiçoamento e especialização (MBA), nas áreas de Gestão, Design, Engenharia e Tecnologia da Informação.
O Centro de Pesquisas desenvolve tecnologias para atender às necessidades da indústria e atua como importante elemento de ligação entre as empresas e a academia.