Cresce o uso de tecnologias emocionais na gestão corporativa
Com a revisão de metas de clima organizacional e engajamento em alta no mês de julho, plataformas de gestão emocional começam a consolidar seu papel estratégico no ambiente corporativo.
Uma dessas soluções é a IntegraMente, desenvolvida pela advogada e psicóloga Jéssica Palin Martins, que alia testes psicológicos validados a painéis de dados acessíveis por aplicativo e computador.
A proposta da plataforma é transformar informações subjetivas sobre o comportamento humano em relatórios estruturados que auxiliam a tomada de decisão nas empresas.
Entre os recursos oferecidos estão relatórios individuais e por setor, sessões de devolutiva com planos de ação e mentoria contínua para lideranças e equipes de recursos humanos.
Metodologia baseada em diagnósticos e dados emocionais
A plataforma utiliza sete instrumentos reconhecidos, como a Bateria Fatorial de Personalidade (BFP), o Inventário Fatorial de Personalidade (IFP-II) e o Eneagrama de Temperamento.
O processo envolve diagnóstico, definição de plano de ação e reavaliação, com os dados organizados em mapas de equipe, identificação de conflitos e estratégias de engajamento.
“Nosso foco é transformar dados emocionais em decisões práticas e humanas”, afirma Jéssica Palin, especialista em saúde mental corporativa.
Regulação impulsiona adoção de práticas estruturadas de bem-estar
A promulgação da Lei 14.831/2024, que institui o Certificado de Empresa Promotora da Saúde Mental, conferiu status estratégico ao tema dentro das organizações. Embora ainda dependa de regulamentação, a legislação já motiva empresas a implementarem práticas estruturadas de bem-estar e prevenção de riscos psicossociais.
A Portaria nº 1.419/2024, do Ministério do Trabalho, também reforça essa diretriz ao reconhecer fatores emocionais como riscos ocupacionais na Norma Regulamentadora 1 (NR-1).
Decisões embasadas em evidências emocionais
Para a fundadora da IntegraMente, a Tecnologia emocional vai além da produção de relatórios. Ela representa uma mudança de paradigma na gestão de pessoas: “Gestão de pessoas não é só sobre processos. É sobre gente. E, para cuidar bem das pessoas, é preciso entender como elas funcionam emocionalmente, com profundidade, dados e plano de ação”, ressalta Jéssica.
Segundo a empresa, organizações que adotaram a solução relataram melhorias nos índices de clima e engajamento, redução na rotatividade e melhor aproveitamento de talentos internos. A metodologia tem sido especialmente procurada por companhias que desejam se alinhar às novas exigências de bem-estar no trabalho e fortalecer sua imagem como marcas empregadoras.
Geração Z prioriza saúde mental no ambiente de trabalho
Um levantamento da Deloitte aponta que 76% dos profissionais da Geração Z consideram a saúde mental um fator decisivo na escolha de um emprego.
A tecnologia emocional responde diretamente a essa demanda ao oferecer ferramentas que auxiliam lideranças a compreender e atuar com base em dados comportamentais e emocionais.
“Em vez de decisões baseadas em achismos, oferecemos diagnósticos personalizados e planos viáveis, que respeitam o emocional de cada pessoa e dão suporte real à liderança”, conclui Jéssica Palin.
Com isso, a tecnologia emocional, antes vista como um diferencial, passa a ocupar papel central na gestão de pessoas.