O uso do storytelling em vídeo desempenha um papel importante na melhoria da imagem de uma empresa.
Em um mundo cada vez mais saturado de informações e concorrência acirrada, usar essa ferramenta se tornou uma estratégia essencial para se destacar e criar conexões significativas com o público.
Falar, falar e só vender. Isso é coisa do passado. Hoje precisamos contar uma história, agregar valor, mostrar que somos iguais e queremos o mesmo.
Tem que haver um motivo para que aquele vídeo irresistível o convença a fechar negócio.
“Em um mundo concorrido como o atual, é necessário pensar fora da caixa. Por isso, o storytelling oferece a oportunidade de transmitir a essência da marca, seus valores, propósito e cultura de uma forma mais envolvente e emocional”, comenta Matheus Lins, fundador da Trinta Dezessete.
Quando falamos em redes sociais, por exemplo, um vídeo tipo reels já é um bom caminho andado. Não muito longo, passa a mensagem certa, impacta com a criatividade usada e pode ser compartilhado infinitas vezes.
E podemos provar: 83% dos consumidores consideram compartilhar um vídeo criado por uma marca (State of Video Marketing). Contudo, não basta ser criativo.
Precisa ter o tempo certo. Vídeos com menos de 90 segundos retém 53% dos usuários até o último segundo, enquanto vídeos com mais de 30 minutos retém apenas 10%.
Mas como fazer isso? Abaixo, confira 4 dicas e exemplos de como realizar esse trabalho:
Identifique os valores
Comece identificando os valores fundamentais da empresa e sua história única. Descubra os eventos-chave que moldaram a empresa, os desafios que enfrentaram e como superaram adversidades. Veja o exemplo da Patagonia.
A marca foi fundada em 1973 por Yvon Chouinard, um escalador e amante da natureza.
Desde o início, ela estabeleceu valores centrais relacionados à preservação do meio ambiente, à qualidade de seus produtos e ao compromisso com a comunidade.
A campanha “Worn Wear” destacou histórias de pessoas reais que possuíam produtos da Patagonia por muitos anos e os usavam em suas aventuras ao ar livre.
“As histórias mostraram a durabilidade dos produtos e incentivaram a ideia de comprar roupas de qualidade que durem por muito tempo”, comenta o fundador da Trinta Dezessete.
Crie uma narrativa envolvente
Ela deve resumir a jornada da empresa, destacando sua missão, visão e propósito. Certifique-se de que a história seja autêntica e emocionalmente cativante.
Um dos exemplos mais notáveis de storytelling nesse sentido é o da Nike com a campanha “Just Do It”, que foi lançada pela primeira vez em 1988.
“A campanha trouxe uma série de anúncios e comerciais que contavam histórias de atletas reais superando desafios, mostrando determinação e sucesso”, diz Lins, da Trinta Dezessete.
Destaque o impacto
Use o storytelling para ilustrar o impacto positivo que a empresa teve na vida dos clientes, comunidade ou do setor em que atua.
Compartilhe histórias de sucesso que demonstrem como a empresa resolveu problemas ou criou valor para seus clientes.
O Airbnb usou o storytelling para realçar seu impacto positivo nos clientes com a campanha “A Belong Anywhere Story”, série de vídeos em que viajantes compartilham suas experiências de se hospedar em casas únicas ao redor do mundo.
“Os vídeos destacam como essas experiências conectaram pessoas de diferentes origens culturais e proporcionaram encontros enriquecedores”, comenta o empresário.
Humanize e compartilhe histórias
Mostre o lado humano da empresa, destacando a equipe por trás dela. Conte histórias sobre funcionários dedicados, suas paixões e conquistas, para criar conexões emocionais com o público.
Incentive os colaboradores a compartilhar suas experiências pessoais relacionadas à empresa. Isso pode ser feito por meio de blogs internos, vídeos ou em eventos de engajamento dos funcionários.
Um exemplo notável de empresa que humanizou sua marca com storytelling é a Dove.
A campanha “Real Beuty”, lançada em 2004, foi uma das primeiras a abordar a questão da beleza feminina de uma maneira mais realista e inclusiva.
“A campanha usou histórias emocionais para promover a autoestima e aceitação corporal entre as mulheres”, lembra Lins, da Trinta Dezessete.
Outro exemplo, seria a Microsoft com a campanha “Humans of Microsoft”, uma série em que a empresa apresenta perfis detalhados de funcionários, destacando suas jornadas profissionais, paixões e motivações.