A mudança ministerial, que faz parte de uma reforma mais ampla, foi anunciada pelo próprio presidente Luis Inácio Lula da Silva nesta terça (25).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta terça-feira (25), a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde e a nomeação de Alexandre Padilha para ocupar o cargo.
A decisão foi tomada após reuniões com ambos os ministros e reflete a insatisfação do Planalto com os resultados da gestão de Nísia.
A troca ocorre em um momento crítico para a Saúde, com desafios como o aumento dos casos de dengue, dificuldades na vacinação e articulação política enfraquecida. O anúncio foi feito oficialmente pelo Palácio do Planalto, e a posse de Padilha está prevista para 6 de março.
O que levou à demissão de Nísia Trindade?
A saída de Nísia Trindade acontece após mais de dois anos à frente da pasta. Durante sua gestão, a ministra enfrentou desafios significativos, como:
- Atrasos no programa Mais Acesso a Especialistas – Iniciativa voltada para ampliar consultas, exames e cirurgias na rede pública avançou lentamente.
- Explosão de casos de dengue – O governo gerou expectativas sobre a vacinação contra a doença, mas não havia doses disponíveis.
- Falta de medicamentos no SUS – Problemas no fornecimento de insulina e outros fármacos essenciais geraram críticas.
- Dificuldades na articulação política – Parlamentares relataram falta de diálogo e dificuldades na liberação de recursos.
A insatisfação do governo se intensificou diante da baixa popularidade de Lula, evidenciada por pesquisas de opinião. O presidente esperava que o Ministério da Saúde apresentasse mais resultados concretos para impulsionar a imagem do governo.

Quem é Alexandre Padilha?
Alexandre Padilha, que já comandou o Ministério da Saúde entre 2011 e 2014 no governo Dilma Rousseff, retorna ao cargo com o desafio de reverter os problemas identificados na gestão anterior.
Sua experiência e proximidade com o Congresso podem facilitar a interlocução política, algo considerado essencial pelo Planalto.
A expectativa é que Padilha mantenha parte da equipe de Nísia, incluindo nomes como Estela Haddad (Saúde Digital), Felipe Proenço (Atenção Primária) e Adriano Massuda (Atenção Especializada).
Próximos passos do governo
A troca no Ministério da Saúde faz parte de um movimento maior do governo para fortalecer a articulação política e melhorar a percepção pública da gestão Lula. A reformulação pode se estender a outras áreas nas próximas semanas.
Resta saber se Padilha conseguirá dar mais agilidade aos programas do SUS e reforçar a comunicação das ações do governo junto à população.
O novo ministro assume em um momento desafiador, no qual o governo busca consolidar suas políticas de saúde e ampliar a aprovação popular.
* Com informações de O Globo