O investimento em anúncios digitais se firmou como elemento central nas estratégias de crescimento de empresas e clínicas em 2025. Com o alcance orgânico cada vez mais restrito em plataformas como Instagram, Facebook e Google, negócios que ainda tratam o tráfego pago como uma despesa pontual perdem competitividade em um cenário em que visibilidade e segmentação são diferenciais estratégicos.
Segundo levantamento da Rock Content (2024), apenas 5,2% do público que segue uma página no Instagram visualiza seus conteúdos de forma orgânica. No Facebook, esse número é ainda menor: 2%. Para profissionais e empresas que buscam atrair pacientes, clientes ou investidores, o impulsionamento se tornou indispensável.
“Sem tráfego pago, o conteúdo simplesmente não chega. E se ele não chega, não converte”, afirma Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria e fundador da agência SIS Design.
Por que anúncios são investimento e não despesa
O tráfego pago permite segmentar mensagens com alta precisão, alcançando públicos específicos por região, idade, interesses ou comportamento. Essa personalização aumenta as chances de conversão e fornece dados estratégicos para otimizar campanhas em tempo real.
“Quando o gestor entende que um bom anúncio gera receita e não apenas cliques, ele para de enxergar o marketing como custo e passa a vê-lo como um canal de vendas”, explica Feltrim.
Estudo da Socialbakers mostra que empresas brasileiras que utilizam tráfego pago de forma contínua obtêm retorno médio (ROI) de R$ 4,22 para cada R$ 1,00 investido. No setor da saúde, o impacto é ainda mais expressivo: clínicas que anunciam de forma segmentada registram aumento médio de 36% nas consultas marcadas por canais digitais, segundo o Instituto Brasileiro de Marketing Médico (IBMM).
Tendência para 2026: integração entre tráfego, CRM e conteúdo
A expectativa para 2026 é de maior integração entre tráfego pago, plataformas de CRM e estratégias de conteúdo. A proposta é usar os dados coletados em anúncios para nutrir o relacionamento com o cliente, personalizar comunicações e aprimorar a experiência geral.
Feltrim destaca que investir em tráfego sem uma estratégia sólida de conteúdo é ineficiente. “Tráfego pago não funciona sozinho. É preciso ter um conteúdo que eduque, gere valor e mostre autoridade. O anúncio leva até você, mas o conteúdo faz o cliente ficar”, afirma.
Erros mais comuns ao anunciar
Entre os erros mais frequentes estão o uso de imagens genéricas, falta de planejamento de funil e ausência de clareza na oferta. Outro equívoco recorrente é não analisar os dados gerados pelas próprias campanhas.
“A campanha entrega informações valiosas: quem clicou, quem comprou, quem desistiu. Ignorar esses dados é desperdiçar inteligência de mercado”, ressalta Feltrim.
Para quem está iniciando, a recomendação é testar diferentes formatos — como vídeos curtos, carrosséis e depoimentos — e investir em otimizações contínuas. “É um processo de aprendizado constante. O tráfego pago exige ajustes, mas é um dos poucos investimentos com retorno quase imediato quando bem planejado”, conclui o especialista.




















