Durante décadas, o cartão de crédito dominou o Comércio eletrônico brasileiro. No entanto, essa liderança enfrenta um momento decisivo com a ascensão do Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central. Com crescimento acelerado, o Pix já ameaça ultrapassar o cartão em volume e valor de transações no ambiente digital.
Em 2024, foram registradas mais de 63,8 bilhões de operações via Pix, um aumento de 52% em relação ao ano anterior. Segundo projeções da Ebanx, em 2025 o sistema deve representar 44% do valor total das compras online, enquanto o cartão de crédito deve responder por 41%. O cenário aponta para uma mudança significativa no comportamento do consumidor e uma possível redefinição das estratégias no comércio eletrônico.
Mudança no comportamento do consumidor
De acordo com Hugo Venda, CEO da Unicopag, gateway de pagamento, a transformação provocada pelo Pix vai além da tecnologia e impacta diretamente o comportamento do consumidor. Para ele, o sistema reduziu barreiras que antes dificultavam as vendas digitais, como etapas burocráticas e custos elevados.
“O Pix tornou o pagamento online mais acessível, instantâneo e barato, o que tem sido especialmente importante para o pequeno e médio varejo, que agora consegue vender com mais agilidade e alcançar um público mais amplo, inclusive quem não possui cartão de crédito”, afirma.
Inclusão e democratização do e-commerce
Além da eficiência, o Pix tem ampliado o acesso ao comércio eletrônico, permitindo que consumidores fora do sistema tradicional de crédito participem das compras online.
“O Pix não só simplifica o pagamento, como também democratiza o acesso ao e-commerce, criando oportunidades para pequenos varejistas e consumidores que antes tinham barreiras de entrada mais altas”, explica o executivo.
Desafios e oportunidades para o varejo
Embora o cartão de crédito ainda mantenha relevância, perde a exclusividade que sustentou por anos no comércio digital. O Pix, por sua vez, consolida-se como alternativa ágil, inclusiva e de baixo custo.
Para Hugo Venda, as empresas que se adaptarem rapidamente a esse novo cenário terão vantagem competitiva. “O Pix chegou para ficar, e quem souber usar essa ferramenta com inteligência vai conquistar mais clientes e operar com mais eficiência”, avalia.
Uma nova fase do comércio eletrônico
Com o avanço do Pix, o e-commerce entra em uma nova fase marcada por maior agilidade, inclusão e foco na experiência do consumidor. Segundo o executivo, a adoção de soluções práticas, seguras e eficientes tornou-se requisito básico para o sucesso das lojas virtuais.
“Quem investir em checkouts simplificados, QR Codes dinâmicos e pagamentos instantâneos terá mais chances de reduzir o abandono de carrinho e crescer de forma sustentável no ambiente digital”, conclui.



















