Embora já não ocupe o topo das redes sociais, a trend do “Morango do Amor” continua gerando efeitos econômicos para pequenos empreendedores em todo o país. A onda de consumo transformou-se em fonte de renda para confeiteiras, padarias e negócios locais, que ampliaram sua produção para atender à alta demanda.
Crescimento da demanda e desafios da produção
Um dos exemplos é o da confeiteira Tati Barbi, especializada em doces caramelizados. Ela relata que precisou reorganizar sua produção, contratar mais funcionários e adotar novas estratégias para dar conta dos pedidos. O doce, embora simples, exige técnica e precisão na preparação da calda caramelizada, considerada o elemento central da receita.
Empreendedorismo feminino em destaque
O fenômeno vai além do impacto gastronômico e se conecta a um cenário mais amplo do empreendedorismo feminino. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2022, cerca de 10,1 milhões de mulheres empreendem no Brasil, representando 34% do total de empreendedores. Nesse contexto, a popularização do “Morango do Amor” fortaleceu principalmente negócios liderados por mulheres, que encontraram na viralização digital uma oportunidade de expansão.
Entre nostalgia e novidade
Segundo confeiteiros, o sucesso do doce também se explica por sua combinação de fatores culturais: mistura nostalgia e novidade, é visualmente atrativo e possui forte apelo para consumo em datas especiais e momentos de lazer.
Legado da tendência
Mesmo com a perda de espaço nas redes, o doce permanece como alternativa de renda e de diversificação de portfólio para milhares de profissionais. A tendência deixou como legado a valorização da técnica artesanal, a criatividade de pequenos empreendedores e a capacidade das redes sociais de impulsionar transformações econômicas em setores tradicionais como a confeitaria.