O governo federal pretende financiar 3 milhões de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) até o fim de 2026, informou nesta segunda-feira (8) o ministro das Cidades, Jader Filho. Em encontro com jornalistas, ele afirmou que há recursos assegurados para dar continuidade ao programa.
Segundo o ministro, o MCMV deve encerrar 2025 com cerca de 2 milhões de moradias contratadas desde o início do atual governo. A projeção de contratar mais 1 milhão de unidades em 2026, afirmou, é sustentada pela disponibilidade de financiamento e pelo aquecimento do setor da construção civil.
Jader declarou que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem R$ 144,5 bilhões previstos para 2026, dos quais R$ 125 bilhões destinados à habitação popular. Outros R$ 5,5 bilhões do Orçamento federal devem financiar subsídios para a Faixa 1 urbana, ainda em análise no Congresso, além de R$ 17 bilhões provenientes do fundo da Caixa Econômica Federal voltados ao mesmo fim.
Atualização das faixas de renda
O ministro informou que as faixas de renda do programa serão revisadas no início de 2026. A Faixa 1, hoje destinada a famílias com renda de até R$ 2.850, deve passar a contemplar famílias com rendimento próximo a dois salários mínimos. A mudança, segundo ele, busca ampliar o alcance do programa e acompanhar a evolução do mercado de trabalho.
Impacto econômico
O Minha Casa, Minha Vida registrou expansão no ritmo de contratações ao longo de 2024. Em novembro, foram contabilizados 80 mil novos financiamentos, acima da média mensal de 60 mil observada até outubro. Aproximadamente um terço das contratações se destina à Faixa 1.
De acordo com Jader, o setor da construção civil tem contribuído de forma significativa para o desempenho da economia brasileira, impulsionado pelo programa habitacional. O governo projeta manter média de 80 mil contratações mensais até o fim de 2026. Há também a intenção de ampliar a oferta de unidades voltadas à classe média, com meta de alcançar 10 mil contratações até 2026 — acima das atuais 6 mil.
Entregas e calendário eleitoral
O ministro afirmou que, apesar das restrições impostas pelo calendário eleitoral, o cronograma de entregas não será afetado. Cerca de 60% das unidades previstas para 2026 devem ser concluídas no primeiro semestre. Em 2025, a previsão é entregar aproximadamente 40 mil unidades. O prazo médio entre a contratação e a conclusão das obras varia de 18 a 22 meses, segundo o Ministério das Cidades.
Jader confirmou que deixará o cargo até março de 2026 para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Pará. Ele afirmou que a equipe da pasta está preparada para garantir continuidade ao programa durante o período eleitoral.
Com informação agência Brasil.





















