Com a proximidade de 2026, empresas de diferentes setores começam a estruturar seus planejamentos financeiros para o próximo ano. Após um período marcado por instabilidade global, mudanças nas cadeias de suprimentos e alterações tarifárias, organizações buscam equilibrar cautela e inovação para sustentar o crescimento.
Segundo especialistas, o planejamento financeiro vai além da projeção de receitas e despesas. Envolve analisar cenários, definir prioridades e garantir que os recursos sejam aplicados de forma eficiente, especialmente em um ambiente econômico dinâmico. Para a gerente financeira Tatiane dos Santos, da Corning, esse processo exige visão ampliada. “Planejamento financeiro engloba o entendimento do contexto, e não apenas receitas e despesas. Ele permite uma gestão eficiente dos recursos e prepara a organização para possíveis desafios econômicos”, afirma.
1. Reavalie o desempenho do ano
Apesar do ciclo 2025 ainda não estar fechado, já é possível ter uma dimensão de como foi o desempenho da sua empresa. Então, antes de iniciar o planejamento do próximo ano, é fundamental realizar uma análise detalhada do que funcionou e do que não deu certo. Identificar gargalos, avaliar margens e compreender como o comportamento do mercado impactou os resultados é o ponto de partida para ajustes mais assertivos.
2. Estabeleça metas realistas e mensuráveis
As metas financeiras precisam ser claras, realistas e alinhadas com a estratégia de longo prazo da empresa. Objetivos bem definidos e tangíveis facilitam o monitoramento de indicadores, permitem ajustes rápidos diante de desvios e asseguram consistência nas decisões, contribuindo para a sustentabilidade e o crescimento do negócio.
3. Planeje com foco em inovação e eficiência
Ao invés de priorizar cortes, é importante buscar estratégias mais inteligentes para o uso dos recursos. Isso inclui otimizar processos, investir em Tecnologia e eliminar desperdícios que não agregam valor. Esses passos são fundamentais para promover eficiência operacional e garantir um crescimento sustentável e saudável para a empresa.
4. Não deixe de investir em tecnologia e automação
Reforçando o ponto anterior, a tecnologia é grande aliada da gestão financeira. Sistemas integrados permitem monitorar despesas, projetar fluxos de caixa e identificar tendências que facilitam a tomada de decisões com mais agilidade e precisão. Além disso, o uso dessas tecnologias pode ser ampliado para outras áreas da empresa, aumentando a eficiência operacional e reduzindo custos. Não à toa, em 2026, a inteligência artificial seguirá como prioridade para 77% das empresas brasileiras, segundo a pesquisa Panorama 2026, conduzida pela Amcham.
5. Fortaleça a cultura financeira dentro da empresa
O planejamento financeiro só se torna efetivo quando há consciência financeira em todos os níveis da organização. Para isso, é fundamental investir em treinamentos que desenvolvam as competências das equipes e garantir transparência sobre metas e resultados. Essa prática fortalece o engajamento, o alinhamento estratégico e o senso de responsabilidade coletiva.



















