Quase 40% das empresas brasileiras estão mais inclinadas a investir em ferramentas de prevenção à fraude do que em marketing (30,4%) e gestão de clientes (27,8%), segundo o Relatório de Identidade e Fraude 2025, divulgado pela Serasa Experian. O levantamento, realizado entre abril e maio deste ano, ouviu representantes de companhias de diversos setores no país.
Os dados indicam uma mudança significativa nas prioridades corporativas, refletindo a crescente preocupação com a segurança digital diante do avanço dos crimes cibernéticos.
Setor de comércio lidera aumento de investimentos
Embora apenas 33,3% das empresas do setor de Comércio apontem a prevenção à fraude como destino prioritário de investimentos em 2025, o segmento foi o que mais ampliou recursos nessa área em relação ao ano anterior.
Cerca de 45,5% das companhias do Comércio afirmaram ter aumentado seus aportes no tema, superando os percentuais observados na Indústria (44,2%) e em Serviços (31,7%).
De forma geral, 35,3% das empresas brasileiras já investem mais em soluções de prevenção à fraude do que em 2024, sinalizando que a pauta deixou de ser apenas uma iniciativa técnica para se consolidar como prioridade estratégica.
Segurança como pilar estratégico
Para Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, o movimento demonstra uma mudança de mentalidade nas empresas, que passam a enxergar a segurança como parte central do planejamento de negócios.
“As companhias já compreendem que não basta adotar uma ou outra ferramenta: é essencial investir em proteção em camadas, combinando tecnologias e processos robustos. A segurança é uma responsabilidade estratégica, que protege a receita, preserva a reputação e fortalece a confiança de clientes, parceiros e colaboradores”, afirma o executivo.
Panorama nacional da segurança digital
O Relatório de Identidade e Fraude da Serasa Experian é uma pesquisa anual que acompanha a percepção, o comportamento e as estratégias de consumidores e empresas diante dos desafios crescentes da segurança digital no Brasil.
O estudo reforça a tendência de que a proteção de dados e o combate à fraude deixaram de ser apenas uma preocupação técnica das áreas de TI, tornando-se um elemento central das decisões corporativas e da gestão de riscos no ambiente empresarial.




















