O mercado de aplicativos de transporte no Brasil tem atraído cada vez mais pessoas em busca de renda extra. Diante desse crescimento, surge uma questão recorrente: compensa alugar um carro para trabalhar como motorista de aplicativo ou é mais vantajoso utilizar o veículo próprio?
Custos do aluguel
O aluguel se apresenta como alternativa para quem não deseja ou não pode investir em um carro particular. No entanto, envolve despesas consideráveis.
Pesquisas do CT Auto indicam que os custos variam entre R$ 500 e R$ 700 por semana, incluindo seguro, manutenção e, em alguns contratos, quilometragem livre. Isso representa um compromisso mensal de R$ 2 mil a R$ 3 mil, sem contar combustível e taxas do aplicativo.
Rentabilidade e jornada de trabalho
Esse modelo tende a ser mais vantajoso para motoristas que trabalham de forma intensiva. Dados do GigU mostram que a receita anual pode variar entre R$ 77 mil e R$ 103 mil, considerando jornadas de 50 a 60 horas semanais.
No entanto, os custos operacionais — como combustível, manutenção, seguro e impostos — reduzem significativamente os ganhos. O lucro líquido estimado fica entre R$ 28 mil e R$ 51 mil por ano, dependendo da cidade.
Rotina e desgaste
Mais do que uma decisão financeira, a escolha pelo aluguel exige análise da rotina. Quem depende do carro alugado precisa cumprir longas jornadas para que o investimento compense, o que pode tornar o trabalho desgastante. Em contrapartida, contratos de locação incluem manutenção e seguro, oferecendo maior previsibilidade do que um veículo próprio.
Desafios e oportunidades
No Brasil, marcado pela informalidade e por regras ainda instáveis para o setor, o aluguel de veículos para aplicativos apresenta tanto oportunidades quanto desafios. Para alguns motoristas, pode ser uma porta de entrada viável, desde que acompanhada de disciplina, planejamento e uma visão realista sobre os custos e as possibilidades de renda.