Resumo dos mercados (às 5h45):
• S&P 500 Futuro: -0,16%
• Stoxx 50: -0,61%
• Nikkei 225: -0,25%
• Shanghai Composite: -1,48%
• Treasury 10 anos: queda em 3,690%
• DXY: -0,05% em 102,80
• Minério de Ferro (Singapura): -0,03% a US$ 109,15
• Petróleo (Brent): -0,67% em US$ 73,79 o barril
Mercados iniciam a semana no negativo, após tentativa de golpe do grupo Wagner na Rússia, com as bolsas sentindo a perspectiva de recessão global, após decepção com os PMIs e subida de tom dos BCs da semana passada, além do índice Ifo frustrante hoje.
O menor otimismo com crescimento derruba os juros, com a taxa de 10 anos americana testando a média de 50 dias.
Moedas operam com leves ganhos ante o dólar, enquanto commodities têm sessão dividida, com o trigo superando a média de 200 dias, somando ganhos de 30% no mês.
Por aqui, agenda leve em semana importante para o Copom, com ata amanhã e decisão do CMN e RTI na quinta, além do retorno do arcabouço fiscal para a Câmara e das negociações da reforma tributária.
A abertura deve ser alinhada ao exterior, com viés negativo para Ibovespa e dólar para baixo. Nos juros, o Focus deve balizar a abertura, mas a queda das taxas globais sinaliza uma abertura baixista.
Ásia
Com o retorno das negociações na China, bolsas fecharam mistas devido a maior aversão a risco global, após a tentativa de golpe na Rússia no fim de semana.
No Japão, o PPI avançou 0,1% em mai/23, acumulando 1,6% (exp 1,5% a/a) em 12 meses.
Europa
Bolsas caem, sentindo o clima de aversão a risco global e a piora no índice Ifo, sinalizando maiores chances de recessão à frente.
Na Alemanha, a confiança industrial do Ifo caiu de 91,5 para 88,4 pontos (exp 90,7) em jun/23, mínima em 7 meses. De Cos (BdE) disse que o núcleo de inflação está mais resiliente do que o esperado, mas que os riscos estão mais balanceados e que após subir em julho, as decisões do BCE são incertas. De Cos (BdE) e Lagarde (BCE) falam às 14h30.
EUA
Futuros operam no negativo, em dia de agenda vazia, sentindo o clima global mais negativo.
O PMI indústria caiu de 48,4 para 46,3 pontos (exp 48,5) em jun/23, enquanto o PMI de serviços caiu de 54,9 para 54,1 pontos (exp 54,0).
Bostic (Fed Atlanta, não vota) afirmou que o Fed está tentado levar a economia para o equilíbrio entre oferta e demanda e que, apesar da queda recente da inflação, alcançar 2% será difícil.
Na agenda, índice industrial do Fed Dallas (jun/23) às 11h30. Leilões de T-Bills (3 e 6 meses) às 12h30 e de T-Notes (2 anos) às 14h.
Brasil
A aversão a risco global, com a decepção dos PMIs elevando os temores com uma possível recessão, penalizou o mercado local, mesmo diante do otimismo com o ciclo de cortes na taxa Selic, com o Ibovespa fechando em 118.977 pontos (0,04%), com ações de commodities liderando as perdas.
Na semana, o Ibovespa caiu 0,18%. As quedas nos juros globais e nos preços de commodities e a deflação no IPC-S levaram a um ajuste baixista na curva de DI futuro, com a ampliação das apostas de cortes em agosto, com a curva caindo 10 pontos em média.
O ambiente de cautela global fez o Real acompanhar a dinâmica dos pares externos, com o dólar fechando em R$4,78 (0,12%). Na semana, o dólar caiu 0,86%.
O aprofundamento das deflações em alimentação e transportes fizeram o IPC-S recuar de -0,17% para -0,24% (exp -0,20%) na 3ª prévia de jun/23, acumulando 2,09% em 12 meses, mínima desde jun/20.
A melhora no índice de expectativas fez a sondagem da construção subir de 51,9 para 52,2 pontos (-7,9% a/a) em mai/23, máxima em 7 meses. Ceron (STN) disse defendeu que o FCDF fique dentro do limite de despesas do arcabouço, que terá um diálogo técnico e político com a Câmara para limitar as exceções ao teto e que a reforma nos gastos tributários será divulgada até o fim de 2023.
Na agenda, sondagem do consumidor da FGV (jun/23) às 8h, relatório Focus (23/jun) às 8h25, nota do setor externo (mai/23) às 8h30 e balança comercial (23/jun) às 15h.