Resumo dos mercados (às 5h45):
• S&P 500 Futuro: 0,03%
• Stoxx 50: -0,74%
• Nikkei 225: sem negociações
• Shanghai Composite: -0,87%
• Treasury 10 anos: queda em 3,797%
• DXY: -0,18% em 99,78
• Minério de Ferro (Singapura): -1,36% a US$ 112,80
• Petróleo (Brent): -1,29% em US$ 78,62 o barril
Apesar da recuperação na indústria chinesa, a fraqueza no consumo e no imobiliário pesaram na atividade, fazendo o PIB chinês do 2T23 decepcionar o consenso, levando a dia negativo para as bolsas na Ásia e na Europa, enquanto futuros nos EUA se preparam para semana de resultados corporativos importantes.
Os sinais de atividade global fraca levam à queda das taxas de juros, enquanto dólar opera sem direção definida, com as moedas europeias nas máximas desde mar/22.
Commodities caem, sentindo os dados chineses fracos. Por aqui, semana começa com IBC-Br, com as atenções voltadas para o boletim Focus, em meio a sinais de estagnação da convergência das expectativas para a meta de inflação.
A abertura deve ser negativa para o Ibovespa e para os juros. Dólar deve abrir com viés de alta.
Ásia: em dia sem negociações em Tóquio, bolsas fecharam em queda na maioria, após decepção com PIB chinês. Na China, PIB cresceu 0,8% no 2T23, expandindo 6,3% (exp 7,1% a/a) ante 2T22.
Produção industrial acima do esperado, com a taxa interanual subindo de 3,5% para 4,4% (exp 2,7% a/a) em jun/23. Vendas no varejo abaixo, com a taxa interanual afundando de 12,7% para 3,1% (exp 3,2% a/a) em jun/23. Na agenda, ata do RBA às 22h30.
Europa
Com as ações de consumo sentindo o PIB chinês mais fraco, bolsas operam com leve viés negativo. Na Itália, o HICP subiu 0,1% em jun/23, somando 6,7% (prévia 6,7% a/a) em 12 meses.
Na zona do Euro, déficit comercial de €0,9 bi (exp -€10,3 bi) em mai/23, com exportações de €239,1 bi (-2,3% a/a) e importações €240,0 bi (-12,9% a/a). Em 12 meses, a balança acumula déficit de €225,2 bi (-1,6% do PIB).
Hoje, relatório mensal do Buba (jul/23) às 7h. Elderson (BCE) fala às 9h15.
EUA
Sentindo o momentum global negativo, futuros operam próximos da estabilidade. Preços de importados caíram 0,2% em jun/23, acumulando -6,1% (exp -6,1% a/a) em 12 meses, mínima desde jun/20.
A confiança do consumidor da Universidade de Michigan subiu de 64,4 para 72,6 pontos (exp 65,5) em jul/23, máxima desde out/21.
A inflação esperada para os próximos 12 meses subiu de 3,3% para 3,4% (exp 3,1%) e para os próximos 5 anos subiu de 3,0% para 3,1% (exp 3,0%). Hoje, índice Empire State (jul/23) às 9h30.
Brasil
A elevação na expectativa de inflação das famílias americanas, a indigestão com os balanços dos bancos em NY e a decepção nas vendas no varejo em pesaram no mercado local, com o Ibovespa fechando em 117.710 pontos (-1,30%), com ações cíclicas liderando as perdas.
Na semana, o Ibovespa caiu 1,0%. A correção na curva de DI futuro continuou, com a alta dos juros em NY pesando na sessão, com a curva inclinando, com os vértices de médio e longo prazo subindo cerca de 10 pontos.
No câmbio, o enfraquecimento global da moeda americana beneficiou o Real, com o dólar fechando em R$4,80 (0,11%). Na semana, o dólar caiu 1,48%.
Com 4 dos 8 setores apresentando queda, vendas no varejo vieram pior que o esperado (exp -0,3%), recuando 1,0% (-1,0% a/a) em mai/23, 2ª queda seguida.
Na mesma toada, as vendas ampliadas decepcionaram (exp -0,3%), caindo 1,1% (3,0% a/a) na margem, mesmo com a recuperação nas vendas de veículos.
Na agenda, IGP-10 (jul/23) e IPC-S (14/jul) às 8h, boletim Focus (14/jul) às 8h25, IBC-Br (mai/23) às 9h e balança comercial (14/jul) às 15h. Guillen (BCB) fala às 14h.