O Ministério da Saúde aprovou cinco novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) envolvendo a recém-renomeada Butantan Farma e empresas privadas para a fabricação de medicamentos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os acordos abrangem a produção de antirretrovirais, fármacos oncológicos e tratamentos para doenças raras.
A Butantan Farma passa a ser o novo nome da Fundação para o Remédio Popular (Furp), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. A mudança ocorre após aprovação, em 11 de novembro, de projeto de lei da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que autoriza a incorporação da Furp pelo Instituto Butantan.
O anúncio das PDPs foi feito durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, realizada na segunda-feira (24), com participação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Estiveram presentes representantes do Instituto Butantan, da Fundação Butantan, da Furp e da Secretaria de Estado da Saúde.
As parcerias envolvem as empresas Cristália, Prati & Donaduzzi, Biocon Pharma, Nortec, Blanver e Cyg Biotech. A expectativa é ampliar a produção de medicamentos para doenças raras, como fibrose cística e amiloidose; para diferentes tipos de câncer, como leucemias e carcinoma de células renais; além de fortalecer o fornecimento de antirretrovirais usados no tratamento do HIV.
Durante o evento, o Ministério da Saúde também anunciou investimento de R$ 15 bilhões no setor industrial e a aprovação de 31 novas PDPs, com o objetivo de expandir a produção nacional de medicamentos, vacinas e outros produtos estratégicos para o SUS. A seleção de novos projetos, que envolve parcerias público-privadas para transferência de Tecnologia, não ocorria desde 2017.
Medicamentos contemplados nas novas parcerias
- Ivacaftor 150 mg – indicado para fibrose cística; parceria com a Cristália. A produção está prevista para começar após o fim da proteção patentária, em junho de 2026.
- Tafamidis Meglumina 20 mg – utilizado no tratamento de amiloidose; será desenvolvido em parceria com a Prati & Donaduzzi e já não possui proteção de patente.
- Dasatinibe 20 mg e 100 mg – indicado para leucemia linfoblástica aguda e leucemia mieloide crônica; será produzido em parceria com Biocon Pharma e Nortec, também sem proteção de patente.
- Pazopanibe 200 mg e 400 mg – utilizado no tratamento de carcinoma de células renais; será desenvolvido em cooperação com Blanver e Cyg Biotech, com patente já expirada.
- Dolutegravir 50 mg + Lamivudina 300 mg – antirretroviral para tratamento de HIV; parceria com Blanver e Cyg Biotech, com produção prevista após o término da proteção patentária, em abril de 2026.
As novas PDPs integram a estratégia do governo federal para fortalecer a autonomia produtiva na área da saúde e garantir maior segurança no abastecimento de medicamentos essenciais ao SUS.
Com informação agência Brasil.




















