A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (5) a comercialização do primeiro lote de combustível sustentável de aviação (SAF) produzido integralmente no Brasil. O volume inicial, de 3 mil metros cúbicos, foi adquirido por distribuidoras que atuam no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. A quantidade equivale a aproximadamente um dia de consumo dos aeroportos do estado.
O SAF pode substituir o querosene de aviação tradicional sem necessidade de adaptações nas aeronaves ou na infraestrutura de abastecimento, o que permite sua adoção imediata. Segundo a estatal, o combustível é considerado uma das alternativas mais rápidas para reduzir as emissões do setor aéreo.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que o SAF produzido por coprocessamento no parque de refino da companhia atende aos padrões internacionais e contribui para as metas de descarbonização da aviação. O combustível utiliza um percentual de matéria-prima vegetal, como óleo técnico de milho ou óleo de soja, processado junto ao querosene de base fóssil.
De acordo com a empresa, a parcela renovável pode reduzir as emissões líquidas de dióxido de carbono em até 87%. Embora tenha origem parcialmente vegetal, o produto final é quimicamente equivalente ao querosene convencional, o que mantém os parâmetros de segurança operacional.
As primeiras remessas foram produzidas na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, certificada para a fabricação e comercialização do SAF. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autoriza a refinaria a incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável no processo atual.
A Petrobras planeja ampliar a capacidade de produção nos próximos anos. A Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), já realizou testes, e outras unidades — Paulínia (Replan), em São Paulo, e Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais — devem iniciar atividades comerciais em 2026.
Com informação agência Brasil.






















