“A forte alta do IIE-Br foi motivada pelo aumento das incertezas domésticas e internacionais”, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista do FGV IBRE.
“De origem interna, a intensificação do debate entre o governo e o Banco Central a respeito da taxa de juros e a manutenção das incertezas fiscais em torno da nova regra fiscal influenciaram o resultado.”, continua.
“Pelo lado externo, os ruídos de incerteza foram motivados pela crise bancária nos Estados Unidos e na Europa. Esta é a maior alta do IIE-Br, desde setembro de 2021, quando o indicador subiu 11,8 pontos, distanciando-o ainda mais do nível confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos”, afirma Gouveia.
“As incertezas políticas e fiscais precisam arrefecer para que o indicador possa ceder nos próximos meses”, finalizou.
Em março, o componente de Mídia subiu 4,3 pontos, para 117,1 pontos, contribuindo positivamente em 3,8 pontos para o índice agregado.
O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 5,9 pontos, para 108,2 pontos, com contribuição positiva de 1,2 ponto para a evolução na margem do IIE-Br.