O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 2,53% em fevereiro. Com este resultado o índice acumula alta de 5,17% no ano e de 28,94% em 12 meses. Em fevereiro de 2020, o índice havia caído 0,04% e acumulava alta de 6,82% em 12 meses.
“Nesta apuração do IGP-M, o IPA, indicador com maior influência no índice geral, registrou variação de 3,28%, muito próxima da apurada em janeiro de 2021, que foi de 3,38%. Apesar da similaridade, o resultado mostrou que a pressão exercida pelas matérias-primas brutas se espalhou pelas demais classes do IPA favorecendo o acréscimo das taxas dos grupos bens intermediários (de 2,54% para 4,67%), influenciada por materiais e componentes para a manufatura (de 1,98% para 4,16%), e bens finais (de 1,09% para 1,25%), este influenciado pelo aumento da gasolina, cujo preço subiu 17,43%, ante 6,63% no mês anterior”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 3,28% em fevereiro, ante 3,38% em janeiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,25% em fevereiro.
No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,09%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 5,08% para 12,68%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,75% em fevereiro, ante 0,77% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,54% em janeiro para 4,67% em fevereiro.
O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de 1,98% para 4,16%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 4,38% em fevereiro, contra 2,00% em janeiro.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 3,72% em fevereiro, após subir 5,86% em janeiro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (22,87% para 2,63%), leite in natura (0,24% para -3,35%) e laranja (2,53% para -5,29%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja em grão (-0,94% para 5,41%), bovinos (-0,89% para 9,86%) e milho em grão (1,93% para 6,14%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,35% em fevereiro, ante 0,41% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação.
A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (1,52% para 0,18%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 7,64% em janeiro para -1,77% em fevereiro.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,04% para -0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,54% para 0,18%), Vestuário (0,69% para -0,33%) e Despesas Diversas (0,31% para 0,23%).
Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-1,06% para -3,03%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,02% para -0,42%), roupas (0,81% para -0,40%) e serviços bancários (0,30% para 0,12%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,74% para 0,78%), Transportes (0,73% para 1,45%) e Comunicação (-0,05% para 0,00%) registraram acréscimo em suas taxas de variação.
Nestas classes de despesa, destacam-se os seguintes itens: passagem aérea (-23,88% para -3,09%), gasolina (1,76% para 4,42%) e mensalidade para TV por assinatura (-0,31% para 0,00%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,07% em fevereiro, ante 0,93% no mês anterior.
Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,43% para 2,39%), Serviços (0,48% para 1,05%) e Mão de Obra (0,61% para 0,03%).