O Ibovespa fechou em alta de 1,4%, superando os 137.500 pontos nesta terça-feira (12), impulsionado pelo otimismo dos investidores em relação ao plano de contingência do governo para enfrentar as tarifas dos EUA, além de indicadores econômicos e resultados corporativos positivos.
Inflação e política monetária
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de julho mostrou desaceleração da inflação anual no Brasil para 5,23%, frente aos 5,35% de junho, e abaixo da projeção de 5,33% do mercado. O Banco Central mantém a taxa Selic em 15%, buscando conter pressões sobre o custo de vida.
Plano tarifário em foco
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou que as medidas do governo devem incluir:
- Linhas de crédito específicas;
- Diferimento de pagamentos de impostos;
- Compras governamentais de bens originalmente destinados à exportação;
- Reformas estruturais para aumentar a competitividade das vendas externas.
Destaques corporativos
- BTG Pactual: Ações saltaram mais de 5% após a divulgação de crescimento de 41,8% no lucro anual e receitas recordes, com alta de 38,5% em relação a 2024.
- Setor siderúrgico: Vale (+1,2%) e CSN (+1,6%) avançaram, apoiadas por sinais de cortes de capacidade na China, que podem sustentar os preços do aço no mercado internacional.
Perspectivas
O mercado segue atento à oficialização das medidas do plano de contingência e ao cenário internacional, especialmente à política tarifária dos EUA e à demanda global por commodities.