Brasília (30/01/2018) – A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) enfatizou a importância das obras da BR 163 no Pará, incluídas na Operação Radar II detalhada nesta quarta-feira (30) pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, com o objetivo de escoar a safra 2018/2019. “Essa rodovia 163 é o eixo principal do escoamento de grande parte da produção, que a cada ano tem aumentado na saída pelo Arco Norte, os portos da região”, disse a ministra.
A BR 163, mais conhecida como Rodovia Cuiabá-Santarém, começou a ser construída na década de 1970 no estado mato-grossense, mas hoje se estende do município gaúcho de Tenente Portela até Santarém (PA). Ao todo, são 3.470 km de extensão. Em março de 2014, dois trechos foram privatizados – um em Mato Grosso do Sul e outro em Mato Grosso. A rodovia é, à exceção do Pará, onde a falta de asfalto causa prejuízos ao escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, o maior produtor de grãos do país.
“O Mato Grosso, como todos sabem é o maior produtor de grãos do Brasil. Das 237 milhões de toneladas de produção estimada para este ano, 63,4 milhões devem ser produzidas no estado”, lembrou Tereza Cristina.
Na Operação Radar está prevista uma inspeção diária na BR, com o objetivo de atuar de forma preventiva ou emergencial a fim de garantir trafegabilidade e evitar impactos gerados pelas chuvas na região.
A ministra destacou o trabalho integrado dos ministérios para melhorar o escoamento da produção de grãos. “Neste governo, todos trabalham juntos. Não há vaidades”.
São três bases operacionais em trechos da BR, com equipes de campo do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e do Exército, com veículos, equipamentos e sinalizadores. As bases foram instaladas entre os municípios de Novo Progresso e Moraes Almeida, no Pará.
Segundo o ministro da Infraestrutura, o governo trabalha para concluir até o fim deste ano cerca de 100 Km do trecho não pavimentados entre a divisa de Mato Grosso e Santarém. Segundo ele, a 163 será preparada para concessão juntamente com pequeno trecho da BR-230, que faz a ligação ao porto de Mirititituba, no Rio Tapajós, em Itaitub (PA).
Tarcísio de Freitas divulgou ainda que deverão ser renovadas concessões de ferrovias e a previsão de realizar leilões de concessão da Ferrogrão, que Tereza Cristina, destacou ser fundamental para a produção, e a Fiol, também conhecida como Ferrovia Oeste-Leste. O trecho passa pela Bahia e Tocantins, ligando o Porto Sul, em Ilhéus à Ferrovia Norte-Sul. O projeto da Ferrogrão prevê uma ferrovia longitudinal formando corredor de exportação pela Bacia Amazônica, numa extensão de 1.142 km, conectando o Centro-Oeste ao Porto de Miritituba.
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