O agronegócio é responsável por 21,1% do PIB do Brasil, ou seja, mais de um quinto de tudo que é gerado no país sai da agricultura.
E, desse total, cerca de 25% é proveniente da agricultura familiar, ou seja, 5% do PIB brasileiro tem origem nas propriedades dos pequenos empreendedores rurais.
Esses foram alguns dos números divulgados pelo secretário Nacional da Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke, em entrevista para a Revista Expoagro 2020.
Conforme o secretário, alguns dos principais produtos de exportação, como, por exemplo, o café, a avicultura, suinocultura e fruticultura, são produzidos por pequenos proprietários rurais. No que diz respeito ao café, 80% da produção provém da agricultura familiar.
Mas, nem tudo são flores para os pequenos produtores, porque encontram diversas dificuldades.
“Apesar de uma parte dos pequenos produtores desenvolverem produtos com a qualidade necessária para atingir o mercado nacional e internacional de cafés especiais, acabam enfrentando dificuldades por não terem estrutura operacional e comercial para isso”, explica Gabriel Barruffini, CEO da Veroo, clube de assinatura de café.
Uma das dificuldades diz respeito à comercialização do produto e à rentabilidade: como está inserido em um mercado (o de commodities) que não é compatível com o seu perfil, o pequeno produtor não consegue se desenvolver financeiramente.
Outro problema é que parte dos pequenos produtores não têm conhecimento exato do produto e da qualidade.
Com o intuito de mudar essa realidade, Gabriel criou a Veroo, clube de assinatura de café que conecta o pequeno produtor ao mercado.
“Nós entendemos o mercado de uma maneira diferente e atuamos na contramão, pois pagamos o máximo ao produtor e vendemos com o preço mais acessível ao consumidor”, afirma Gabriel.
Ele também explica o porquê da preferência à agricultura familiar: “são histórias de superação e um produto com características quase artesanais, em relação ao manejo e à colheita principalmente – ações para as quais damos muito valor”, ressalta o CEO.
Gabriel explica que a empresa está propondo ao mercado uma revisão da cadeia de valor, pois, é necessário valorizar os menores do que os maiores e, também, dar a chance para que os pequenos produtores de café mostrem o que são capazes de fazer.
Atualmente, com dois anos de existência, a Veroo já apresentou 24 produtores e entregou mais de 20.000 caixinhas na casa dos assinantes.
A proposta do clube Veroo é simples: todo mês um novo artista, como são apresentados os produtores, e uma região produtora são revelados ao assinante – ou seja, um novo café especial – por meio de uma “box” que é entregue à domicílio, em qualquer lugar do Brasil.
Dessa forma, os participantes do clube recebem uma experiência mensal, com o novo café selecionado, uma revista digital contendo todas as informações sensoriais do grão, o laudo de avaliação do Q-Grader responsável, a história do pequeno produtor, uma playlist, receitas e dicas, e um mimo especial. O formato do produto fica à escolha do assinante: pode ser grão, moído ou cápsula – compatíveis com a Nespresso.
Sobre a Veroo
A Veroo é uma marca nativa digital que opera inicialmente o clube Veroo de assinatura de cafés especiais, cujo propósito é levar um pouquinho do que acontece em cada origem produtora para dentro da casa do brasileiro que é apaixonado por café.
Acreditamos e praticamos muito o Fair Trade, ou seja, trabalhamos na contramão do mercado, onde tentamos vender com o preço mais acessível possível para o consumidor final, mas pagando o máximo ao produtor.
Só assim conseguiremos transformar a cadeia de valor desse produto tão especial para nossa cultura.
Para saber mais, acesse: http://veroo.com.br/