O dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 5,9255 para venda conforme dados da mesa de operações de câmbio comercial e câmbio turismo da Ourominas.
Na avaliação de Elson Gusmão, Diretor de Câmbio da Ourominas, a ausência de grandes notícias tem trazido estabilidade ao mercado, refletindo um desmonte das expectativas relacionadas às tarifas comerciais prometidas na posse do presidente dos EUA, Donald Trump.
Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Trump declarou que pressionará por uma queda imediata nos juros e incentivará empresas estrangeiras a produzirem dentro dos EUA para evitar tarifas, prometendo, assim, as tarifas mais baixas do mundo. Apesar disso, nenhuma nova medida foi anunciada, o que o mercado interpretou como estabilidade no cenário tarifário, resultando na queda do dólar.
Hoje, o Banco Central do Japão deve decidir sobre um possível aumento da taxa de juros, mantendo o foco na recuperação econômica e nos impactos de possíveis ações de Trump.
No calendário econômico, os destaques são:
- Zona do Euro: PMIs (composto, serviços e industrial) e discurso de Christine Lagarde.
- Brasil: IPCA-15 e confiança do consumidor (8h), investimento estrangeiro direto (8h30) e receita tributária federal de dezembro (10h30).
- EUA: PMIs (industrial, serviços e composto – 11h45), vendas de casas usadas, expectativas de inflação e confiança do consumidor de Michigan (12h).
Para Mauriciano Cavalcante, economista da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil, o ouro continua sua trajetória de alta com a insegurança e incertezas das políticas tarifárias do Trump e o corte de juros norte-americanos, enfraquecendo o dólar e tornando o ouro mais atraente. Outro fator que continua a interferir na alta da cotação do ouro é a grande procura por Bancos Centrais de países como China e Índia.