Após abrir em alta, o dólar fechou em queda na segunda-feira (20), cotado a R$6,04.
O movimento aconteceu após o Banco Central brasileiro intervir com um leilão cambial. A ação da autoridade monetária foi necessária para conter uma potencial volatilidade que os mercados temiam em resposta às declarações e políticas de Donald Trump, que assumiu na segunda-feira, 20, a presidência dos Estados Unidos.
Na terça-feira (21), o dólar abriu o dia com uma leve alta. Conforme o último monitoramento do Banco Central do Brasil, às 10h, a moeda estava custando R$6,05.
O dólar caiu 0,36% na quinta-feira (23) e encerrou o dia cotado a R$5,925, abaixo do patamar de R$6 pelo segundo dia consecutivo. Esse é o menor valor desde 27 de novembro do ano passado (R$5,913), quando a moeda americana iniciou uma forte escalada cuja faísca foi o anúncio do governo brasileiro de aumento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5.000 por mês. O dólar estava em trajetória ascendente desde então e chegou a renovar o recorde histórico para R$6,267, mas tem perdido ímpeto. Na mínima desta sessão, chegou a R$5,874.
O desempenho foi misto nos outros ativos brasileiros. A Bolsa caiu 0,39%, aos 122.483 pontos, e os juros futuros fecharam em alta firme em vários contratos, refletindo operações ligadas ao leilão de prefixados realizado pelo Tesouro brasileiro pela manhã, além do avanço dos rendimentos dos treasuries, títulos ligados ao Tesouro dos EUA. Mais do que a cena fiscal do país, de agenda esvaziada por causa do recesso parlamentar do Congresso Nacional, o que tem movimentado os mercados neste período são as perspectivas econômicas para o segundo mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O dólar à vista operou em queda em relação ao real nesta sexta-feira (24), ampliando a queda da semana, uma vez que os investidores reagiam positivamente a comentários na véspera do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sinalizaram uma política comercial mais branda no país. A moeda reagia especialmente a declarações de Trump sobre a possibilidade de realização de um acordo comercial com a China. O presidente dos Estados Unidos disse que sua conversa com o presidente da China, Xi Jinping, na semana passada, foi amigável e que ele acredita que pode chegar a um acordo comercial com o gigante asiático.
Na cena doméstica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,11% em janeiro, sobre alta de 0,34% no mês anterior. Economistas consultados pela Reuters projetavam uma queda de 0,03% nos preços na base mensal e uma alta de 4,36% em 12 meses. O real se beneficia também do déficit em conta corrente em dezembro e 2024 no país, abaixo da mediana das projeções do mercado, enquanto os resultados do Investimento Direto no País (IDP) de US$2,765 bilhões em dezembro e de US$71,070 bilhões em 2024 superaram as estimativas dos economistas.