No Brasil, o Ibovespa sobe acompanhando as bolsas dos Estados Unidos, que estão em alta em meio à recuperação das ações ligadas a bancos regionais.
O mercado reage aos impactos dos dados do payroll americano, divulgados pelo Departamento do Trabalho, que indicaram uma taxa de desemprego de 3,4% em abril.
O ministro André Mendonça, do STF, voltou atrás e decidiu revogar a suspensão que havia imposto a um julgamento no Superior Tribunal de Justiça que pode render R$ 90 bilhões ao governo.
A decisão favorece o governo é crucial para o sucesso do novo arcabouço fiscal.
Afinal, para gastar mais, o governo tem que ter de onde tirar a grana.
Para a próxima semana, o Ibovespa e o câmbio devem operar positivos, apoiados pelo clima global de menor aversão a risco e pela continuidade da queda das taxas de juros locais.
Dólar
No exterior continuam os temores sobre a saúde das instituições financeiras dos Estados Unidos.
Nessa semana, o comunicado do Federal Reserve deu a entender que o órgão está pronto para um cessar-fogo com seus aumentos nas taxas de combate à inflação.
Essa semana o dólar fecha estável, cotado abaixo dos R$5,00.
Apesar de estar em sintonia com o exterior, a queda não se justifica, considerando o cenário de manutenção de juros elevados no Brasil por mais tempo. Esse diferencial pesa a favor do real.
Temos uma taxa de juros alta que impede o desenvolvimento da economia.
Isso gera o que chamamos de estagflação. E esse é o principal risco hoje nos EUA.
No entanto, vale destacar os dados de março que foram revisados para baixo para mostrar criação de 165 mil empregos, em vez de 236 mil conforme relatado anteriormente.
Essa forte revisão “compensou” o número muito maior que o esperado divulgado na última sexta-feira (5).
Isso ajuda a explicar o bom-humor dos mercados neste pregão, já que os dados revisados praticamente equiparam os números ao que havia de expectativa.
Ao que tudo indica, existe uma alta probabilidade de outro aumento de 0,25 ponto na taxa de depósito no próximo mês.
Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores corretoras de câmbio do Brasil.
O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício.
O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.