Discussão entre parlamentares de direita e esquerda marca sessão após pedido de um minuto de silêncio pelas vítimas de operação policial
A sessão ordinária desta quarta-feira (29) na Câmara Municipal de São Paulo foi marcada por gritos e troca de acusações após a vereadora Luna Zarattini (PT) solicitar um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Operação Contenção, considerada a maior ação de combate ao tráfico já realizada no Rio de Janeiro. O pedido provocou forte reação de parlamentares de direita, entre eles Rubinho Nunes e Adrilles Jorge, ambos do União Brasil.
Diante do clima de tensão, o presidente da Casa, Ricardo Teixeira (União Brasil), decidiu submeter a solicitação à votação nominal, procedimento em que cada vereador declara publicamente seu voto — algo incomum nesse tipo de requerimento, que normalmente é aprovado por consenso.
O debate se intensificou e resultou em um bate-boca entre Silvia da Bancada Feminista (PSOL) e Lucas Pavanato (PL), precisando ser contido por outros vereadores. Ao final, o pedido de minuto de silêncio recebeu 18 votos favoráveis, seis contrários e duas abstenções, número insuficiente para atingir o quórum mínimo de 28 votos, o que levou ao encerramento antecipado da sessão.
Quem São os Parlamentares Envolvidos?
Lucas Pavanato (PL-SP) — empresário e comunicador, é vereador mais votado da capital paulista, com mais de 160 mil votos nas eleições de 2024. Antes de ingressar na política, atuava como influenciador digital e comentarista político, com forte presença nas redes sociais. Defensor de pautas conservadoras, Pavanato é conhecido por seus posicionamentos firmes em defesa da segurança pública, da família tradicional e por críticas à esquerda.
Silvia Ferraro (PSOL-SP) — professora e militante sindical, é vereadora pela cidade de São Paulo e integrante do movimento Resistência – PSOL, identificado com a ala mais à esquerda do partido. Conhecida por sua atuação em defesa da educação pública, dos direitos das mulheres e das minorias, Ferraro mantém discurso crítico ao que chama de “política de extermínio” em comunidades periféricas e à atuação policial sem controle civil.











 
					






