O resultado da Sondagem do Comércio divulgado no dia 27 de abril, mostra mais uma grande queda da confiança do comércio.
É o que aponta os dados publicados pela FGV.
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) é composto de dois subíndices: Índice da Situação Atual (ISA-COM) e Índice de Expectativas (IE-COM).
Como o período observado, é de extrema incerteza, sendo difícil prever os próximos meses com clareza, a análise vai ser concentrada no momento corrente.
O ISA-COM do comércio registrou avanço em março e queda forte em abril.
Queda de confiança no comércio foi a mais intensa da série histórica iniciada em 2010
Além do período de coleta, que incluiu todo mês de março e com isso o momento anterior aos decretos de isolamento social, a alta de março também foi bastante influenciada por segmentos mais relacionados ao consumo essencial, dos itens mais indispensáveis.
O quadro abaixo mostra que o acumulado dos dois últimos meses, apenas hiper e supermercados registram variação positiva, seguidos do grupo outros varejistas que, dentre outros segmentos, é composto por farmácias, mercearias, hortifrutis e lojas de material de escritório e informática.
Estes últimos citados contribuíram para atenuar a queda observada no segmento outros.
Por outro lado, segmentos de mais ligados a bens duráveis e semiduráveis registram quedas recordes, mais intensas em abril e atingem o mínimo de suas respectivas séries históricas.
O desempenho positivo, ou menos negativo dos bens essenciais pode ser observado no quesito especial aplicado nos questionários de abril da Sondagem do Comércio.
Nele, é possível observar os segmentos que apresentam menor parcela de impactos negativos do coronavírus são os mesmos que tiveram o ISA-COM menos afetado.
Outro ponto é que apenas empresas ligadas a vendas de alimentos e bebidas, farmácias, lojas de material de construção e de vendas de material de escritório e informática registraram algum percentual de impacto positivo.
