Nesta sexta-feira, 11 de abril, a China anunciou um aumento significativo nas tarifas sobre produtos norte-americanos, elevando-as de 84% para 125%. Essa medida é uma retaliação direta às tarifas impostas recentemente pelo governo de Donald Trump, que chegaram a 145% sobre produtos chineses. O governo chinês também apresentou uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC), acusando os EUA de práticas comerciais coercitivas e unilaterais.
A escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo tem gerado preocupações significativas. A ONU alertou que os países em desenvolvimento podem enfrentar consequências “catastróficas” devido à redução do comércio bilateral, que pode cair até 80% se as tensões persistirem.
Os mercados financeiros reagiram negativamente às últimas notícias. Investidores estão migrando de ativos denominados em dólares para refúgios considerados mais seguros, como o ouro, o iene japonês e o franco suíço. Essa movimentação reflete o aumento da aversão ao risco e o temor de uma possível recessão global desencadeada pela intensificação da guerra comercial.
Declarações de Xi Jinping e Donald Trump
Durante um encontro com o presidente espanhol Pedro Sánchez, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que “não há vencedores em uma guerra tarifária” e reiterou a disposição da China para o diálogo, desde que baseado no respeito mútuo. Por outro lado, o presidente dos EUA, Donald Trump, manteve uma postura firme, defendendo as tarifas como uma medida necessária para proteger os interesses econômicos americanos.
Esses eventos marcam um ponto crítico nas relações entre os EUA e a China, com implicações significativas para a Economia global. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos dessa disputa, na esperança de uma resolução que minimize os impactos negativos para os demais países.