O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro deixou na manhã deste domingo (14) o Hospital DF Star, em Brasília, após passar por uma bateria de exames e procedimentos médicos. Esta foi a primeira saída do ex-presidente desde sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por liderar uma tentativa de golpe de Estado.
Escoltado pela Polícia Penal e acompanhado por seguranças do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Bolsonaro chegou ao hospital às 8h da manhã. Após exames laboratoriais e de imagem, a equipe médica identificou anemia por deficiência de ferro e resquícios de pneumonia por broncoaspiração, indicando a necessidade de reposição intravenosa de ferro.
O ex-presidente também foi submetido à retirada de oito lesões cutâneas no tronco e no braço direito, em procedimento realizado sob anestesia local e sedação, sem complicações. O médico Claudio Birolini, responsável pelo acompanhamento, informou que o resultado anatomopatológico das lesões deve ser divulgado nos próximos dias. A partir dele, será definido se haverá necessidade de tratamento adicional. Bolsonaro retomou ainda o tratamento para hipertensão e refluxo gastroesofágico, além de medidas preventivas para evitar novos episódios de broncoaspiração.
Emoção e apoio na saída do hospital
Acompanhado pelos filhos Carlos Bolsonaro e Jair Renan, o ex-presidente permaneceu no hospital até o final da manhã. Ao sair, permaneceu por cerca de cinco minutos na entrada da unidade, enquanto seu médico conversava com jornalistas. Bolsonaro, visivelmente emocionado, recebeu gritos de incentivo de dezenas de apoiadores que aguardavam desde as primeiras horas do dia em frente ao hospital.
Entre os presentes, marcaram presença os deputados Hélio Lopes (PL-RJ) e Cristiano Caporezzo (PL-MG), que reforçaram discursos de apoio ao ex-presidente e interagiram com os simpatizantes.
Repercussões políticas
A breve aparição pública de Bolsonaro gerou repercussão imediata no cenário político e digital. Aliados destacaram o gesto como demonstração de força e resiliência, ao mesmo tempo em que analistas interpretam o episódio como um movimento estratégico para manter viva a mobilização de sua base e a narrativa de oposição ao governo federal.
Enquanto sua defesa aguarda o trânsito em julgado da condenação no STF, cada aparição do ex-presidente ganha peso simbólico, tanto para seus apoiadores quanto para seus críticos, em meio a um momento de forte polarização política no país.