O mercado brasileiro de comercialização de energia está crescendo rapidamente, mas precisa de mais transparência, eficiência e tecnologia, de acordo com palestrantes presentes no recente “Brazil Power Event”, realizado no escritório da Bloomberg em São Paulo.
Os investimentos em energia renovável ultrapassaram US$ 1 trilhão globalmente, mais do que as contribuições feitas às energias fósseis, de acordo com a pesquisa da BloombergNEF.
A BNEF também descobriu que o Brasil está liderando os investimentos em energia limpa na América Latina devido à sua experiência na produção de energia renovável e vastas fontes de energia eólica e solar.
O objetivo agora é ajudar o mercado brasileiro de energia a continuar se expandindo e caminhando ainda mais em direção a uma economia de baixo carbono, disseram os palestrantes do evento, incluindo Vinicius Nunes, da BNEF.
“A melhor maneira de fazer isso é dar aos players de energia — geradores, distribuidores e comerciantes — as ferramentas de que precisam para movimentar os mercados”, disse ele.
Outros palestrantes do evento incluíram Adriana Dupita, economista sênior da Bloomberg para Brasil e Argentina; Itamar Lessa, diretor de Comercialização da Casa dos Ventos e Rafael Tripode, gerente de Comercialização da Raízen.
“O mercado livre tem crescido de forma relevante no Brasil nos últimos anos e a nossa percepção é que ferramentas robustas e sofisticadas são fundamentais para continuar fornecendo soluções customizadas para os nossos parceiros. Nosso entendimento é que o setor de Energia, catalisado pelas fontes renováveis, pode ser um dos protagonistas da reindustrialização e da retomada do crescimento do país”, afirmou Lessa, da Casa dos Ventos, empresa nacional que é player estratégico na transição energética e oferece soluções customizadas para segmentos eletrointensivos, como por exemplo as indústrias: química, mineração, siderurgia, tecnologia, dentre outras.
“O mercado livre de energia brasileiro é uma vantagem competitiva”, disse Tripode, acrescentando: “A comercializadora independente de energia é capaz de oferecer produtos e serviços com uma velocidade que o mercado cativo não possui. Temos o desafio de incentivar a criação de mão de obra especializada e investir na formação de profissionais para ampliar esse ambiente de sucesso.”
Uma maneira de abordar essas preocupações é por meio da nova solução adicionada ao Terminal Bloomberg sob medida para o mercado brasileiro de energia.
Ele oferece suporte à negociação em todos os principais instrumentos de energia e permite que as contrapartes de commodities over-the-counter (OTC) enviem e recebam solicitações de cotação e executem negociações eletronicamente.
Existem ferramentas para leilões por meio de negociações bilaterais e preços para uma estrutura de prazo de até cinco anos. O serviço conecta traders por meio de operações instantâneas, auditáveis e sem comissão, adicionadas aos fundamentos, ferramentas, notícias e dados existentes da Bloomberg.
“A negociação eletrônica de energia por meio da Bloomberg cria uma solução robusta para o poder de compra e venda no Brasil”, disse Geraldo Coelho, executivo de negócios da Bloomberg na América Latina. “Com maior transparência, eficiência e eficácia, os participantes do mercado poderão tomar decisões mais bem informadas sobre suas exposições de energia.”
A Bloomberg
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