Certa vez, ouvimos a história de dois amigos conversando por mensagem, em um deles dizia ter sonhado que sua mulher o havia trocado por um robô comprado na China. “O robô lavava e passava as roupas, deixava a cozinha um brinco e ainda pagava as contas de casa”, disse o amigo ao outro dando risada, mas assustado. De fato, o mundo atual com suas tecnologias disruptivas pode parecer assustador, mas devemos mesmo temer os robôs?
Essa é uma das perguntas cuja respostas valem milhões, tanto com a resposta para a pergunta sobre como será a nova gestão do governo, e para onde vai o preço do bitcoin, por exemplo.
Assim como aqueles jovens que em dúvida compraram as primeiras criptomoedas em meados da década passada, quem entender o papel dos robôs na nossa sociedade, poderá colher bons frutos em um futuro breve.
Automação: o motor da sociedade
Ao longo da história, a automação tem sido um elemento fundamental na transformação dos processos produtivos e na melhoria das condições de vida das pessoas. Antes da Revolução Industrial, inovações como moinhos de vento e água, arados de ferro e sistemas de rotação de culturas já desempenhavam um papel importante na automação e no aumento da eficiência na produção agrícola e em outros setores.
Afinal, a vida é curta e o tempo é escasso. Em uma época em que as pessoas passavam dias a fio arando, plantando e colhendo, não sobrava espaço para muitas outras atividades. Ainda hoje a produtividade é um tema central de todas as economias.
Apesar da Idade Média ter dando um grande salto produtivo, foi de fato na Revolução Industrial, que a automação transformou a maneira como produzimos bens e serviços, aumentando a eficiência e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Mas a automação surgiu há muito tempo antes da revolução industrial.
Revolução e automação
A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, marcou o início da automação na produção, com a introdução de máquinas a vapor e mecanismos que substituíram o trabalho manual. No início do século XX, a linha de montagem de Henry Ford revolucionou a indústria automobilística, aumentando a eficiência na produção e permitindo a produção em massa de automóveis a preços acessíveis.
A partir da metade do século XX, a automação começou a se expandir para outros setores, impulsionada pelos avanços na eletrônica e na informática. A década de 1980 foi marcada pela popularização dos robôs industriais e sistemas de controle computadorizados. Só a partir dos anos 2000, a automação digital e a inteligência artificial passaram a desempenhar um papel fundamental na transformação dos processos produtivos.
Devemos lutar contra os robôs?
Embora a automação tenha contribuído significativamente para o progresso da sociedade e a melhoria da qualidade de vida, ainda hoje é possível encontrar milhões de pessoas que, assustadas, assistem ao novo processo de automação com receio.
Assim como aquelas pessoas que criaram o movimento ludita do início do século XIX, que resistiu à automação por temer que ela levasse ao desemprego e à exploração dos trabalhadores, as pessoas do século XXI também temem as inovações tecnológicas.
No entanto, a automação é aliada, e não inimiga da humanidade. Ao invés de agirmos como os ludistas do século passado, é preciso nos prepararmos para o futuro que virá, com menos trabalho – que será automatizado – e mais qualidade de vida.
Automação e qualidade de vida
A automação tem sido fundamental para o aumento da produtividade e eficiência na produção. Isso permite a produção de bens e serviços em maior quantidade e qualidade, reduzindo os custos e tornando-os mais acessíveis à população. A automação também tem sido responsável por impulsionar a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT) e a Indústria 4.0.
Além disso, a automação tem potencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas ao minimizar o trabalho repetitivo e perigoso, permitindo que os trabalhadores se concentrem em tarefas mais criativas e significativas. Com a automação, é possível reduzir a carga de trabalho e aumentar o tempo disponível para atividades de lazer, educação e outras que contribuem para o bem-estar geral.