São Paulo, outubro de 2019 – O otimismo que empresários do setor de infraestrutura demonstraram estar até o final de 2022, ainda que cauteloso, já é um sinal de que a percepção deles com relação à economia tem mudado, após anos seguidos de crise. Isso porque, segundo um estudo realizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em conjunto com a EY, mais da metade dos 234 entrevistados que participaram da pesquisa afirmaram que acreditam em uma melhora no cenário econômico do país a longo prazo. O estudo é realizado semestralmente e está em sua segunda edição.
Dentre os respondentes, 56,4% declararam que estão otimistas no que diz respeito a uma possível melhora na economia do Brasil dentro de três anos. Por outro lado, somente 13,2% dos participantes disseram estarem pessimistas, enquanto 29,1% se consideram estáveis. O levantamento, realizado com o objetivo de contribuir com autoridades públicas, agentes institucionais e empresas na formulação de gestão de estratégias e de políticas públicas que promovam o desenvolvimento da infraestrutura do país, contou com a participação de profissionais em cargos de liderança, CEOs e tomadores de decisão de suas respectivas empresas.
Em contrapartida ao otimismo a longo prazo, dados da pesquisa comprovam que ante a primeira edição do estudo, o pessimismo dos empresários aumentou a curto prazo – dentro de seis meses. Entre os entrevistados, foi registrado uma alta de 6,8% na parcela daqueles com expectativas mais pessimistas (de 17,6% para 24,4%) e uma queda de 10,4% no número dos que possuíam expectativas mais otimistas (de 31,3% para 20,9%).
“Este levantamento é importante para que os responsáveis pelos investimentos no setor consigam ter uma percepção sobre como está a perspectiva dos tomadores de decisão da área, o que eles acham de como o governo vem dando atenção para a infraestrutura e o que esperam para os próximos anos”, comentou o presidente executivo da Abdib, Venilton Tadini.da Abdib.
Potencial para concessões e PPPs
Segundo 45,3% dos entrevistados, o Governo Federal é a instituição que possui maior potencial para a realização de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões no setor. Dentro desse cenário, 35,5% dos participantes avaliam que o Estado é o que possui mais capacidade de investimento na área, porém, para quase metade dos entrevistados (49,2%), esse potencial é pouco aproveitado. Já dentro dos Estados, a parcela dos que avaliam que o potencial para investimento é pouco aproveitado sobe para 65,4%.
O interesse para que os municípios façam mais também foi um ponto destacado neste levantamento, isso reforça que os entrevistados estão à procura de oportunidades de investimentos nas cidades. De acordo com 61,1% dos entrevistados, os municípios aproveitam pouco o potencial local para investimentos privados via concessões e PPPs, 5,7% a mais do que o registrado na pesquisa anterior.
Quanto ao grau de segurança jurídica para investimentos, a avaliação está negativa. Cerca de 32,5% consideram ruim ou péssimo, enquanto a parcela dos que acham ótima ou boa é de apenas 19,2%. “Segurança jurídica não é somente ter um ambiente legal e contratual imutável, mas sim contar com um contexto no qual soluções de conflitos e imprevistos possam ser abordados em um cenário onde exista a previsibilidade na tomada de decisões e confiança”, comentou o líder de transações corporativas para os setores de governo e infraestrutura da EY, Luiz Cláudio Campos.
Programa de Parceria de Investimentos
Outro ponto analisado foi o Programa de Parceria de Investimentos (PPI). Segundo o levantamento, há uma estimativa de que até o final de 2019 haja um investimento de R$ 11,2 bilhões em propostas procedentes desta parceria entre Estado e a iniciativa privada. Atualmente, há 153 projetos concluídos com investimentos contratados na ordem de R$ 264,6 bilhões e 119 em andamento em setores como rodovias, aeroportos, ferrovias, energia, mineração e outros.
“O aumento perceptível da confiança a longo prazo nestes programas de Estado para o setor da infraestrutura faz com que o mercado acabe enxergando mais segurança no cenário e se sintam mais confiantes quanto a possíveis investimentos”, comentou Campos. Ainda segundo o executivo, algumas das características do PPI que garantem a visão positiva e mais credibilidade por meio dos empresários da área, são a previsibilidade, o aprofundamento técnico e a linguagem pró mercado.
A EY tem sido uma das principais parceiras em Programa de Parceria de Investimentos. Este mês, por exemplo, ocorreu o leilão de concessão da Lotex, serviço público federal de Loteria Instantânea Exclusiva e a EY foi responsável por prestar assessoria econômico-financeira e jurídica da companhia, além de participar de toda a gestão da estruturação da concessão. “A empresa está cada vez mais apostando em projetos como este: inovadores por natureza e capazes de gerar um grande impacto transformador no mercado”, finalizou Luiz Cláudio.
Sobre a EY
A EY é líder global em serviços de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria. Presente em mais de 150 países, tem o propósito de construir um mundo de negócios melhor. Nossos insights e serviços ajudam a criar confiança nos mercados de capitais e nas economias ao redor do mundo. No Brasil, formamos um time de cinco mil profissionais e temos escritórios em 12 cidades. Com o centro de inovação colaborativa wavespace™, o Cybersecurity Center e o Analytics Hub, a EY está preparada para apoiar as empresas na transformação digital e nos movimentos de disrupção da Indústria 4.0.
Sobre a Abdib
Fundada em 1955, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, cuja missão é:
• Contribuir para o crescimento econômico e o desenvolvimento social do Brasil por meio da expansão dos investimentos em infraestrutura e indústrias de base.
• Fortalecer a competitividade das empresas de bens e serviços para infraestrutura e indústrias de base.
• Colaborar com agentes públicos e privados na busca de soluções consistentes para viabilizar investimentos.
• Ampliar a participação das empresas brasileiras no mercado global de infraestrutura.
A Abdib congrega uma ampla gama de empresas públicas e privadas que participam de todas as fases dos negócios (estruturação, investimento e operação) nos setores de infraestrutura e indústrias de base, tais como concessionárias de serviços públicos, fabricantes de equipamentos, prestadores de serviços como engenharia e escritórios de advocacia, grandes usuários de infraestrutura, fundos de private equity, seguradoras, bancos de investimentos e empresas de consultoria, entre outras.