O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a adotar um tom duro contra empresas de Tecnologia ao assinar três novas ordens executivas, que incluem um aviso direto às gigantes do setor: Google e Microsoft.
“Esses dias acabaram”, declarou Trump durante o anúncio oficial na Casa Branca.
“As empresas americanas têm explorado as liberdades desta nação enquanto contratam mão de obra estrangeira. Isso precisa parar agora.”
Desde o início de seu segundo mandato, Trump tem intensificado sua política de deportações em massa e ampliado a retórica nacionalista contra o que chama de “dependência estrangeira no coração da economia americana”. Agora, sua ofensiva mira diretamente as práticas de contratação internacional adotadas por empresas de tecnologia, especialmente nos casos envolvendo profissionais da Índia, China e outros países da Ásia.
Segundo o presidente, as Big Tech vêm se beneficiando das estruturas e liberdades legais dos Estados Unidos enquanto terceirizam operações, constroem centros de tecnologia no exterior e negligenciam a geração de empregos em solo americano.
“Elas construíram fábricas na China, contrataram engenheiros na Índia e escondem lucros na Irlanda, tudo enquanto dizem apoiar a América. Chega disso”, disparou Trump.
Com esse novo pacote de medidas, o Governo Americano sinaliza uma virada radical no modelo de operação das grandes empresas de tecnologia, impondo uma agenda nacionalista que prioriza a retenção de empregos, produção e inovação dentro dos EUA. O conteúdo das três ordens executivas inclui:
“Winning the Race” — Vencendo a Corrida pela IA
Acelerar a construção de infraestrutura de IA nos Estados Unidos e remover barreiras regulatórias que dificultem o crescimento da tecnologia nacional. A medida visa incentivos fiscais e regulatórios para empresas que priorizem mão de obra e produção doméstica.
Neutralidade Política
Foco em eliminar programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) criados na era Biden. Segundo Trump, as ferramentas de IA usadas no setor público devem ser ideologicamente neutras e baseadas apenas em precisão técnica. Além disso, sanções administrativas para companhias que descumprirem as novas diretrizes de contratação nacional podem ser aplicadas.
Liderança Global e Cadeia de Valor Interna
Redução da dependência de fornecedores internacionais e fortalecimento do desenvolvimento de soluções de IA 100% americanas, com incentivo à produção, armazenamento de dados e contratação local.
Uma nova era de protecionismo tecnológico?
No centro de seu discurso, uma declaração chamou a atenção: “O termo ‘inteligência artificial’ está errado. Não é artificial, é genial.”
A frase sinaliza um movimento estratégico de rebranding, com o objetivo de aproximar a IA do conceito de engenhosidade americana, valorizando a inovação produzida em solo nacional e reduzindo a dependência de cadeias globais.
Uma revolução da IA “Made in America”, fim da contratação internacional e críticas à imigração
Trump deixou claro que deseja reconquistar a liderança tecnológica global, retirando o protagonismo de países como China e limitando a influência de trabalhadores e fornecedores estrangeiros.
O Presidente foi direto ao apontar seu descontentamento com as práticas de contratação externa por empresas de tecnologia. Ele exigiu que Google e Microsoft interrompam imediatamente a contratação de profissionais estrangeiros, especialmente de países como Índia e China.
Esse posicionamento se soma aos esforços do governo em políticas de deportação em massa e proteção ao mercado de trabalho nacional.
“As empresas americanas precisam apoiar a América. Coloquem a América em primeiro lugar. Isso é tudo o que pedimos”, declarou.
China na mira
O presidente também se posicionou que seu objetivo é superar a China na corrida pelo domínio da inteligência artificial. Para ele, essa é uma disputa direta de influência e soberania tecnológica, por isso pressiona empresas a se afastarem de práticas consideradas “globalistas”.
“Queremos empresas que invistam aqui, contratem aqui, e pensem nos americanos em primeiro lugar”, finalizou Trump.
O líder da Casa Branca declarou ainda: “A IA não será domínio de elites globais ou rivais estrangeiros. Ela será um ativo americano — renomeado, reconstruído e redefinido”, declarou Trump.
Com esse novo pacote de medidas, o governo Trump inaugura uma fase de tecnonacionalismo, desafiando os modelos globalistas e propondo uma inovação enraizada no orgulho e na lealdade nacional. Resta saber se essa guinada levará os Estados Unidos a um novo protagonismo tecnológico — ou ao isolamento estratégico em um setor cada vez mais globalizado. Mas uma coisa é certa: a era da “inteligência artificial”, como conhecíamos, pode estar com os dias contados.