Entrou em vigor o Cadastro Positivo, que torna automática a inclusão de consumidores e de empresas em um banco de dados com o histórico de pagamentos dos últimos 13 meses. Isso, definitivamente, vai mudar a forma como empresas avaliam os hábitos de pagamento de seus clientes.
Imagine a seguinte situação: você sempre foi um bom pagador, mas por algum descuido ou imprevisto não conseguiu quitar um boleto e teve seu nome negativado. Não seria justo que sua nota (score) de crédito e sua reputação de um bom pagador fossem manchados por um caso isolado de inadimplência, certo?
O Cadastro Positivo, além de apontar pendências, também observa o cumprimento de outras obrigações financeiras, tais como pagamento de contas recorrentes, entre outras dívidas quitadas. Este serviço é gratuito, todos com CPF ativo ou empresas inscritas no CNPJ têm direito de participar bem como solicitar que seus dados sejam excluídos do sistema a qualquer momento.
E o que vamos ganhar com isso? Muito! O Cadastro Positivo deve ajudar a criar uma maior consciência das pessoas e empresas em relação às suas atividades financeiras, além de democratizar o acesso ao crédito e possibilitar juros menores para consumidores e empresas que honram seus compromissos financeiros.
Por exemplo, se o fulano, que está com todas suas contas em dia, e o ciclano, que tem alguma dívida em aberto, buscarem um crédito consignado – a modalidade com melhor custo-benefício entre das linhas de crédito -, cada um terá sua taxa de juros cobradas de forma individualizada pelos bancos ou fintechs. Quanto mais o consumidor estiver em dia com seus pagamentos, menor será a taxa de juros em financiamentos.
A aplicação do Cadastro Positivo será benéfica para empresas e clientes. A nova lei estimulará a competição entre instituições financeiras e varejo, que poderão usar os dados exclusivamente para auxiliar a análise de crédito de forma mais justa e individualizada.