O ano de 2025 marcou um novo ciclo de valorização do bitcoin e de fortalecimento do mercado de criptoativos. Logo em janeiro, a criptomoeda atingiu US$ 109 mil, movimento associado ao otimismo global e à expansão da adoção institucional. Ao longo do ano, discussões regulatórias avançaram, o uso de stablecoins cresceu e a tokenização de ativos ganhou escala.
Nos Estados Unidos, foi aprovado o Genius Act, considerado o primeiro marco regulatório amplo voltado às stablecoins no país. A medida estabeleceu diretrizes de funcionamento e supervisão para esse tipo de ativo, reduzindo incertezas jurídicas e ampliando a participação de investidores institucionais.
No Brasil, o Banco Central também divulgou normas para a atuação de empresas do setor. A definição de regras de operação e governança busca aumentar a transparência e a segurança para investidores, em um mercado que já coloca o país entre os que mais utilizam criptoativos no mundo.
Tokenização deixa fase experimental e passa a operar em escala
A digitalização de ativos financeiros — processo conhecido como tokenização — avançou de forma consistente em 2025. Relatórios de mercado mostram que a percepção sobre o setor melhorou em relação a 2024, impulsionada por casos reais de uso e infraestrutura mais estruturada.
Na prática, cresceu o número de investidores que alocam recursos em produtos vinculados à chamada renda fixa digital, que replicam características de instrumentos tradicionais do mercado financeiro.
Stablecoins ampliam participação e superam grandes bandeiras em volume
As stablecoins, criptomoedas atreladas a moedas fiduciárias como o dólar, reforçaram seu protagonismo no sistema financeiro digital. O valor de mercado desse segmento ultrapassou US$ 311 bilhões e o volume negociado anual superou US$ 28 trilhões, acima do registrado por grandes bandeiras globais de cartão.
No Brasil, a negociação com stablecoins também aumentou de forma expressiva. Entre os fatores apontados por analistas estão a rapidez nas transferências e a operação contínua, sem restrição de horário bancário.
Tesourarias corporativas em bitcoin chegam ao Brasil
Outro movimento que ganhou visibilidade foi a criação de empresas estruturadas com bitcoin como ativo de reserva. No Brasil, lançamentos recentes replicaram modelos já observados em outros países, especialmente nos Estados Unidos, aproximando o mercado tradicional do ecossistema digital.
Adoção institucional cresce com ETFs e recomendações de bancos
O avanço dos ETFs (fundos listados em bolsa) lastreados em criptoativos também contribuiu para ampliar a presença de investidores institucionais. O formato facilita o acesso ao mercado por meio de instrumentos já conhecidos pelo sistema financeiro.
Nos Estados Unidos, foram aprovados ETFs de diversas criptomoedas, além de bitcoin e ethereum. Grandes instituições financeiras passaram a recomendar a inclusão de parte do portfólio em ativos digitais, movimento visto como um marco para a consolidação do setor.
Novos recordes de preço em 2025
O bitcoin renovou sua máxima histórica em outubro de 2025, quando se aproximou de US$ 126 mil. O ethereum também registrou valorização expressiva, superando US$ 4,9 mil — seu maior nível em quatro anos.
Analistas afirmam que o mercado já vinha apresentando sinais de maturidade, e que 2025 consolidou a combinação de regulação, entrada institucional e adoção tecnológica como pilares do novo ciclo.



















