Contratar um profissional inadequado pode representar um custo elevado para as empresas. De acordo com a Society for Human Resource Management (SHRM), a substituição de um colaborador pode variar entre 50% e 200% do salário anual, percentual que pode chegar a 213% em cargos de maior senioridade. Além do impacto financeiro direto, especialistas alertam para consequências operacionais e estratégicas que se estendem por toda a organização.
Custos vão além da folha de pagamento
A necessidade de preencher vagas rapidamente, sem critérios rigorosos de análise, está associada à queda de produtividade, sobrecarga de equipes, retrabalho de gestores e desgaste do clima organizacional. Em médio prazo, o problema também pode afetar a reputação da empresa como empregadora, dificultando futuras contratações.
No Brasil, a taxa de turnover alcançou 56% em 2025, segundo levantamento da consultoria Robert Half. Especialistas apontam que, em grande parte dos casos, a origem do problema está no processo de contratação.
Falhas no recrutamento estão na raiz do turnover
Estudos da Harvard Business Review indicam que até 80% da rotatividade está relacionada a contratações equivocadas. O desalinhamento entre expectativas da empresa e do profissional, seja em termos de perfil comportamental, valores ou perspectivas de carreira, figura como um dos principais fatores de desligamentos precoces.
Nesse contexto, práticas mais rigorosas de análise pré-contratação têm ganhado espaço no debate sobre gestão de pessoas. A verificação de antecedentes, por exemplo, passou a ser vista não apenas como checagem de histórico profissional, mas como um instrumento para avaliar integridade e compatibilidade cultural.
Prevenção como estratégia de gestão
A adoção de processos estruturados de due diligence antes da contratação pode reduzir riscos relacionados a inconsistências curriculares, desalinhamento de valores e inadequação ao ambiente organizacional. Especialistas destacam que esse tipo de abordagem tende a fortalecer vínculos profissionais mais duradouros e a diminuir custos associados a desligamentos recorrentes.
A discussão reforça uma mudança gradual no mercado de trabalho: o foco deixa de ser apenas o preenchimento rápido de vagas e passa a priorizar decisões mais criteriosas, com impacto direto na Sustentabilidade das equipes e no desempenho das empresas.




















