O Papa Leão XIV criticou nesta terça-feira (2) o que classificou como tratamento “desumano” dado a imigrantes nos Estados Unidos, pedindo que governos adotem políticas que respeitem a dignidade humana e ofereçam proteção aos vulneráveis. As declarações foram feitas a jornalistas em sua residência de verão, em Castel Gandolfo, segundo reportagem da Reuters.
“Não se pode tratar ninguém como criminoso apenas por buscar segurança ou melhores condições de vida. A dignidade humana deve ser respeitada em todas as circunstâncias”, afirmou o pontífice, destacando que muitas famílias continuam enfrentando separações, violência e condições precárias em centros de detenção.
Críticas ao sistema migratório e apelo à comunidade internacional
De acordo com a Reuters, Papa Leão XIV afirmou que a comunidade internacional precisa “assumir responsabilidade compartilhada” diante do crescente fluxo migratório no continente americano. Ele mencionou especificamente situações relatadas na fronteira dos EUA com o México, onde organizações humanitárias denunciam superlotação, separação de famílias e falta de acesso a cuidados básicos.
O pontífice reforçou que “nenhuma nação deve enfrentar esta crise sozinha” e pediu que países adotem respostas conjuntas baseadas em solidariedade, acolhimento e legalidade.
Contexto: pressões migratórias e política americana
Ainda segundo a Reuters, a nova fase das políticas migratórias dos Estados Unidos gerou críticas de entidades civis e de autoridades religiosas após o endurecimento das regras de detenção e deportação, acompanhadas de cortes em programas de assistência.
As medidas têm provocado preocupações entre grupos de direitos humanos, que afirmam que as condições de detenção violam padrões internacionais. O Papa Leão XIV ressaltou que “buscar proteção não é crime”, e que políticas migratórias devem priorizar soluções humanitárias sem desumanizar indivíduos e famílias.
Chamado à ação
O líder da Igreja Católica pediu que governos — especialmente aqueles com influência no cenário internacional — trabalhem por políticas migratórias justas, seguras e humanas, destacando que o fenômeno migratório é global e não deve ser tratado de maneira isolada.
“Estamos falando de pessoas, não de números. A construção de muros não resolve o sofrimento humano”, disse o papa, segundo relato da Reuters.
Com informações da Reuters




















