Com a implementação gradual do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), a rastreabilidade animal passa a ocupar papel central no futuro da pecuária brasileira.
O programa, que visa garantir a identificação individual e o acompanhamento completo da trajetória de cada animal, será obrigatório para todos os produtores rurais nos próximos anos.
De acordo com o cronograma oficial, a partir de 2027, todas as fêmeas nascidas deverão ser identificadas durante a vacinação contra brucelose. Até 2032, o processo deverá abranger todo o rebanho nacional.
Identificação individual e Tecnologia no campo
O PNIB seguirá o padrão internacional ISO 076, que define um número de identificação com 12 dígitos para cada bovino ou búfalo.
A marcação poderá ser feita por brincos visuais, bottons eletrônicos com chip (RFID) ou pela combinação dos dois métodos. Além disso, leitores eletrônicos e sistemas de gestão digital serão fundamentais para o controle das informações.
A adoção de tecnologia será indispensável inclusive para pequenas e médias propriedades, já que o processo envolverá dados sobre movimentações, eventos sanitários e histórico de intervenções. Para propriedades maiores, o uso de sistemas informatizados será essencial para evitar falhas e atender às exigências de rastreabilidade.
Adaptação antecipada pode reduzir custos e riscos
Segundo especialistas do setor, antecipar a adequação às novas regras representa uma estratégia inteligente. O processo permitirá aos produtores diluir custos, testar sistemas e capacitar equipes antes da obrigatoriedade total.
A rastreabilidade, além de atender a exigências legais, reforça a confiança sanitária e comprova a origem da carne, fator decisivo para o acesso a mercados internacionais mais exigentes.
Benefícios para a cadeia produtiva e o comércio internacional
Embora o objetivo central do PNIB seja sanitário, o sistema também traz impactos econômicos e comerciais. A rastreabilidade fortalece a credibilidade da pecuária brasileira, amplia o acesso a mercados de exportação e melhora o controle de qualidade ao longo da cadeia produtiva.
Com a implementação gradual, produtores que iniciarem o processo desde já terão vantagem competitiva, com operações mais organizadas, redução de erros e maior eficiência no manejo dos animais.




















