O interesse de investidores brasileiros pelo mercado dos Estados Unidos tem crescido, impulsionado pela busca por segurança, rentabilidade e proteção patrimonial.
Entre as modalidades mais comuns estão os ETFs (Fundos Negociados em Bolsa), os REITs (Fundos de Investimento Imobiliário) e os veículos de Private Equity (capital privado).
A escolha da melhor opção, porém, não depende apenas da rentabilidade. Questões como perfil de risco, liquidez, prazos de investimento, além de aspectos regulatórios, cambiais e tributários, são determinantes.
Perfis e estratégias
Segundo André Peniche, advogado especialista em direito tributário internacional, cada modalidade atende a objetivos distintos.
- ETFs: oferecem acesso diversificado a ativos com custos mais baixos e liquidez elevada.
- REITs: permitem exposição ao mercado imobiliário norte-americano sem a necessidade de compra direta de imóveis, garantindo renda passiva em dólar.
- Private Equity: voltado a investidores arrojados, envolve maior potencial de retorno ao participar de empresas privadas, mas com riscos elevados e horizonte de longo prazo.
Em 2024, os ETFs registraram entradas líquidas recordes de US$ 1,9 trilhão, alcançando US$ 14,7 trilhões em ativos sob gestão, segundo dados da State Street. Já os REITs devem movimentar US$ 334,45 bilhões em 2026, de acordo com a consultoria Business Research Insights, com crescimento anual médio de 3,94% até 2034.
O mercado global de Private Equity, por sua vez, foi avaliado em US$ 540,72 bilhões em 2024, com expectativa de atingir US$ 593,28 bilhões em 2025, segundo a consultoria Murta Peniche.
Planejamento e tributação
A definição de objetivos de curto, médio e longo prazo é considerada essencial. Fundos que exigem compromissos prolongados, como o Private Equity, não são adequados para quem busca liquidez imediata. Já ETFs e determinados REITs podem servir tanto para diversificação quanto para preservação patrimonial.
Além disso, especialistas reforçam a importância do planejamento tributário. Ganhos obtidos nos EUA devem ser declarados também no Brasil, e a falta de estruturação pode gerar dupla tributação e comprometer resultados. O uso de tratados internacionais e estratégias jurídicas pode reduzir custos e garantir maior eficiência.



















