Quais os possíveis cenários pós-pandemia, tendências relacionadas ao dinheiro do futuro e como o digital impacta nos negócios financeiros são algumas das questões que a pesquisa inédita Transformação do Mercado Financeiro apresenta.
O levantamento foi feito pela ioasys, empresa de consultoria em inovação e transformação digital para grandes empresas, apresenta e responde com a ajuda de mais de 400 participantes em todo o país.
O estudo aponta que o banco do futuro é percebido pelos usuários de uma maneira diferente – e é livre de agências.
O conceito de que instituições físicas são serviços praticamente essenciais está sendo substituído. De agora em diante é esperado que essas empresas tenham o papel de facilitadores. Além disso, proteção é primordial: 44% dos entrevistados consideram a segurança dos seus dados e do seu dinheiro sua maior preocupação com o seu banco atual.
Bancos Digitais e a Segurança da Informação
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Tendências de consumo e impacto digital
A transformação digital no setor financeiro vem crescendo com assiduidade, principalmente após o surgimento do primeiro banco 100% digital no Brasil, em 2016.
Agora, é possível perceber que o isolamento serviu como um catalisador para elevar essas transformações de consumo. 92% dos entrevistados se interessam por educação financeira e 6 em cada 10 já utilizam soluções digitais para controlar seus gastos.
Além disso, a pesquisa apontou que a classes social C está conquistando representatividade no mercado de investimentos (10% da classe C1 começou a investir há menos de 6 meses) – 75% do total já investem seu dinheiro. E para 32% dos entrevistados, existe uma preocupação em não estar na melhor opção bancária para o rendimento. “Isso significa que pode aumentar significativamente a competitividade entre bancos – e consequentemente a pressão por produtos financeiros mais condizentes com a nova realidade”, aponta Gilson Vilela Jr, sócio-fundador da ioasys.
Do tradicional ao novo normal
74% responderam que não têm o hábito de sacar dinheiro e 64% que diminuíram a frequência de saques e pretendem fazê-lo cada vez menos. Justamente para competir com as soluções digitais, grandes instituições financeiras fecharam mais de 2,5 mil caixas eletrônicos no ano passado.
A popularização de soluções digitais aumentou a competitividade e colocou no mercado uma série de produtos que facilitam transações, reduzindo custos e criando alternativas aos tradicionais caixas eletrônicos. 7 em cada 10 pessoas preferem sacar dinheiro em terminais do Banco24Horas e apenas 10% dos usuários de instituições tradicionais afirmam que precisam da agência. Desta categoria, 76% já diminuíram o hábito de ir ao banco. “Se posso pagar até 50 centavos no cartão, por que não?” comentou um dos entrevistados.
Apesar da resistência tecnológica (9%), 14% das pessoas ainda não confiam ou se sentem seguras em bancos totalmente digitais. Além disso, 27% estão muito satisfeitas com o modelo tradicional e 30% acham que daria muito trabalho mudar agora.
Mas entre as principais razões que os fariam migrar para o 100% digital estão: praticidade, segurança, nada de taxas ou juros, investimento e rentabilidade. Por outro lado, não há como ignorar: 33% dos usuários de bancos digitais gostariam de ter, ao menos, uma agência física disponível .
Mundo cada vez mais cashfree
O Brasil já é o 4º país em números de transações via celular e o pagamento por aproximação foi, inclusive, recomendado pela OMS durante a pandemia do novo coronavírus. 87% dos participantes da pesquisa afirmaram que já fazem compras online e se sentem seguros.
Em relação ao método contactless, 21% ainda não conhecem. 35% usam ou pretendem usar e 44% conhecem, mas não usam. Segundo a Mastercard, o número de pagamentos por aproximação já cresceu 25% em relação ao ano passado ao redor do mundo.
O banco do futuro
As pessoas estão cansadas de falar com robôs (43%). Expandir as ações para orientar, educar financeiramente e proporcionar acessibilidade a todos os usuários é impreterível para alcançar e transmitir seus valores para todos os perfis de usuário. 35% dos respondentes citaram que os acessos digitais do seu banco poderiam ser personalizados, pois existem necessidades únicas e específicas que o autoatendimento não resolve.
A personalização e a transformação digital são sinais de um futuro disruptivo, baseado em dados, tecnologia e pessoas. “Transformação digital vai muito além da adoção de novas tecnologias. Ela permeia a relação entre o digital e as pessoas, ao inseri-las no centro do processo de criação, aliado a estratégias corporativas para construir um mundo mais acessível, conectado e intuitivo”, finaliza Gilson.
Metodologia
O estudo foi aplicado em todo o país usando duas metodologias. A primeira, contou com 24 entrevistados com profundidade, pertencentes de três categorias diferentes: os que só usam bancos digitais, os que só usam modelos tradicionais e os que usam os dois, das faixas etárias 18 a 23, 24 a 37, 38 a 49 e 50+.
Além disso, 375 pessoas responderam a um questionário online. 51% dos participantes são mulheres, 46% tem entre 24 a 37 anos e 29% se classifica como classe B2. Destes, 43% utiliza bancos tradicionais, 19% digitais, 37% os dois. 56% dos respondentes estão no sudeste.
Para saber mais e fazer o download da pesquisa completa, acesse: http://futuros.ioasys.com.br