A era do e-commerce já batia nas portas das empresas. Em tempos de pandemia, gerada pelo novo coronavírus e o consequente isolamento social, migrar para a era digital foi questão de sobrevivência para muitos negócios.
O setor de e-commerce no Brasil faturou nada mais nada menos que R$ 9,4 bilhões só em abril desse ano. O aumento foi de 81% comparado ao mesmo período de 2019. Os dados são do Compre&Confie, movimento idealizado para promoção de uma rede de confiança que permite consultar a reputação e avaliar lojas online, além de monitorar o uso indevido dos dados de consumidores no ambiente digital.
De olho nessas mudanças, a Revista Capital Econômico ouviu o especialista em vendas online, Luiz Paulo Ribeiro que é diretor de vendas da VTEX, plataforma digital que hospeda os maiores e-commerces do mundo e que mais cresceu durante a pandemia, para entender as principais mudanças e expectativas para o setor.
À frente da empresa Luiz conversou sobre os principais dados, comportamentos e mudanças nesse momento de transição para o mercado online. Para ele, a pandemia apenas acelerou um comportamento que as empresas já precisavam assumir. “O lockdown catapultou esse processo de migrar para o meio digital. Quem já tinha operação online saiu na frente muito rápido. A VTEX se trancou nesse momento para se perguntar como podia ajudar mais ainda os clientes a agir nesse momento”, revela.
Ele ainda lembra que no começo da pandemia, muitos empresários queriam salvar o caixa por meio do ambiente online.” Tivemos que resolver a vida dessas empresas com ideias e maneiras simples. Foram soluções com, por exemplo, criar uma aplicação onde o próprio vendedor da loja física fechada pudesse montar um carrinho para o cliente e compartilhar com ele”, exemplifica.
Era digital
Na conversa, os dois extremos do atual cenário – empresas que ainda estavam se familiarizando com o meio digital e empresas que não tinham entrado foram questionados. O diretor de vendas da VTEX afirmou que a empresa teve de buscar uma solução para essas duas pontas, agindo de forma unilateral. Na opinião do especialista, os dados hoje são o “novo petróleo” do momento, pois eles conduzem e direcionam as empresas para saídas mais assertivas em momento de crise.
Luiz explicou que a equipe, em um primeiro momento, começou a atuar mais com consultoria. “Trabalhamos mais como consultor, ensinando as empresas a como entrar, testar, realocar uma operação online e tecnologicamente. Foram milhões de pessoas nunca tinha comprado online agora comprando online, então tivemos que olhar os dois lados”, recorda.
Ele ainda destaca que a empresa teve que entender melhor os dados que vinham mudando a cada dia, avaliando os novos comportamentos dos consumidores para criar estratégias e soluções cada vez mais eficazes para as empresas. “Esses dados online direcionaram a VTEX para orientar melhor a logística das empresas, por exemplo, pelo nível de procura de demanda de vendas de regiões, e a trazer mais agilidade bem como novas soluções. O mercado da moda, por exemplo, cresceu 19% no isolamento social. Outro setor que cresceu foi de produtos para ginástica. Essas métricas nos mostram que precisamos conhecer não só tecnologia e sim dos negócios dos nossos clientes e por meio desses cases conseguir dar um caminho mais rápido e assertivo para eles”, disse.
Luiz comenta que essa tendência é “um caminho sem volta” do qual as companhias vão precisar cada vez mais se alinhar. “50% do público que começou a comprar online vai continuar comprando assim. Teve loja na pandemia que em três dias aumentou de 170 para 1.700 clientes. Hoje o e-commerce já representa 25% do faturamento das empresas”, revela.
Mercado, cliente e experiências
Outro assunto abordado durante a entrevista foi sobre os mercados que mais cresceram, como o setor da moda. “Os produtos se diversificaram, a forma como fazer as entregas e as experiências também serão repensadas”, acrescenta Luiz Paulo que ressaltou que a moda já era um setor mais familiarizado com a venda online e que esse mercado já está criando mais linhas conscientes, como também promovendo novas relações com seus consumidores.
Mais um lado bom nesse momento foi a desburocratização que alguns departamentos enfrentavam para vender online, como o setor farmacêutico. “O Covid veio desburocratizar pois a ANVISA tem liberado mais rapidamente a venda online medicamentos”, ressalta Luiz Paulo.
Para finalizar, ele ainda acrescentou que seja no ambiente físico ou online, o que as empresas devem buscar fazer é sempre ouvir seus clientes, pois o atendimento tem feito a diferença. “Elas precisam ler os desabafos dos seus clientes, o feedback pois hoje o modelo de compra e comportamento mudou bastante. Será necessário se adaptar ao seu consumidor, que no final é quem vai decidir como vai comprar, independente do canal escolhido ser físico ou online. O cliente tem que ter uma experiência unificada e se sentir bem aceito e tratado em qualquer canal atendido. A sede do consumo continua o que muda é que as pessoas estão mais conscientes, não compram mais no impulso. Elas vão gastar onde ela tem a melhor experiência”, completa.
Sobre Luiz Paulo Ribeiro
São mais de 130 projetos vendidos na companhia (VTEX) e participação direta na evolução do D2C, Unified Commerce e marketplaces.
Nascido no Rio de Janeiro, Luiz Paulo Ribeiro se mudou há quatro anos para São Paulo para agregar a equipe de vendas e projetos no escritório paulista da VTEX, localizado na Vila Olímpia. Com sonho de deixar um legado de vida e transmitir o que aprendeu influenciando o maior número de pessoas, através da tecnologia e experiências que teve em sua vida, Ribeiro carrega em seu curriculum vitae grandes cargos e projetos.
Sobre a VTEX
A VTEX é a plataforma de Cloud Commerce que unifica a experiência do cliente em todos os canais em uma solução corporativa abrangente. A VTEX tem a confiança da Sony, Walmart, Whirlpool, Coca-Cola, Stanley Black ﹠ Decker, Nestlé e mais de 2.500 lojas on-line em 28 países.
Em 2018, a empresa foi nomeada uma das principais players nas plataformas de comércio digital pelo IDC e Gartner. A VTEX continua liderando o setor onde muitas empresas estão fornecendo serviços com tecnologias não atuais.
Para saber mais, visite: vtex.com