Embora a biotecnologia pareça estar distante, ela é mais presente no cotidiano popular do que se imagina. Foi ela, por exemplo, que viabilizou a injeção de insulina como conhecemos hoje ou a venda de etanol ecológico. Por isso, investir em biotecnologia pode ser uma ótima oportunidade de aplicação.
O que é biotecnologia?
Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica.
Ou seja, a biotecnologia é a ciência que usa organismos vivos para criar produtos a fim de melhorar a forma como vivemos, usando de conhecimentos acadêmicos, experimentação e constante inovação.
Por que investir em biotecnologia?
Assim como a história da biotecnologia trouxe muitas contribuições para a sociedade, a perspectiva é que esse setor continue tendo papel crucial no mundo. Prova disso vem da contribuição que ele deu para o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus em tempo recorde. Além disso, também contribuiu para o aperfeiçoamento de outros imunizantes, especialmente os que são produzidos a partir da tecnologia de DNA.
E a previsão de crescimento da receita na hora de investir em biotecnologia começa no curto prazo. Nos próximos cinco anos, o segmento deve movimentar cerca de US$1,3 trilhão no mundo. Esse crescimento seria ainda maior, se os custos para o desenvolvimento de novas tecnologias não fossem tão altos.
3 maneiras de investir em biotecnologia
No Brasil, existem algumas opções para investir em biotecnologia. É possível apostar em ações de empresas, fundos de investimentos e fundos temáticos (ETF) que unem companhias desse segmento.
1- Ações
Em janeiro de 2020, as ações da farmacêutica Merck (MRCK34), disponíveis na bolsa de valores brasileira em forma de BDR, estavam valendo R$46. Passados pouco mais de dois anos, elas acumulam uma alta de 39%, cotadas a R$64.
Certamente, essa é uma das empresas que tem um trabalho ativo na área farmacêutica e pode ser uma opção para o investidor que busca este setor.
No cenário doméstico, uma opção é a Ambev (ABEV3) – a fermentação de bebidas tem biotecnologia envolvida. Hoje, cada ação da empresa está avaliada em R$14,70, mas deve chegar a R$17 no final do ano que vem, conforme recomendação do JP Morgan.
No campo dos combustíveis, a opção é a Raízen (RAIZ4) que planeja ampliar a produção de soluções renováveis e de energia limpa. Como parte do índice de Small Caps da bolsa de valores, que reúne tickers com menor capitalização, sua cotação gira em torno de R$4.
2- Fundo de índice (ETF)
No mercado nacional, a Itaú Asset mantém o fundo HTEK11, amparado no Morningstar US Exponential Technologies Healthcare, mais voltado às empresas de bioinformática, neurociência e medicina, com cotação de R$51.
Decerto, o ativo carrega 50 ações em seu portfólio e é rebalanceado a cada ano por uma taxa de 0,5% ao ano. Desde a sua estreia, há um ano, a variação tem se mantido estável, mas no último mês saltou 15%.
A gestora Investo mantém o ETF BTEK11, que replica o desempenho do fundo de índice S&P Biotechnology. O ativo expõe a carteira de investimentos a quase 200 ações de empresas de biotecnologia.
Hoje, cada cota custa cerca de R$70 e elas apresentam uma variação de 8% em relação ao preço praticado no começo do ano. Os investidores precisam arcar com uma taxa anual de 0,3% pela administração, além de 15% de IR sobre os ganhos.
3- Fundos de investimentos
Para investir em biotecnologia, dentre os fundos de investimentos se destaca o Trend Biotecnologia da XP, que atua conforme o índice Nasdaq Biotechnology. Ele é composto por 269 empresas norte-americanas e está disponível a partir de R$100, com uma taxa de administração de 0,19% ao ano.
O interessante é que esse fundo é hedgeado, ou seja, ele não sofre variação cambial, apenas a dos papéis. No último mês, o avanço foi de 17%.
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