A próxima cúpula do G7, que se inicia em 10 de junho (quarta-feira) por videoconferência, marcará o primeiro encontro do grupo desde o início da pandemia da covid-19.
O grupo – que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Japão – se encontra anualmente desde 1975.
Além da centralidade da pandemia nos debates, a cúpula pode ter cinco convidados dos Estados Unidos: Rússia, Índia, Austrália, Coreia do Sul e Brasil. A participação como país convidado não significa que haverá adesão ao G7.
O convite de Donald Trump a Vladimir Putin chamou a atenção, já que a Rússia foi expulsa do G7 em 2014, após anexar a Crimeia – parte do território da Ucrânia.
Além da expulsão do grupo, países da União Europeia suspenderam parte das relações diplomáticas com a Rússia após a invasão.
Canadá e Reino Unido, tradicionais aliados dos Estados Unidos, já manifestaram publicamente seu desconforto com o convite de Trump aos russos.
Para Carolina Pavese, professora de Relações Internacionais da ESPM SP, o convite de Trump aos cinco países tem objetivo primariamente eleitoral. “Trump tem sido muito atacado por sua gestão da covid-19 e sua imagem piorou ainda mais junto ao eleitorado após o início das manifestações antirracistas. Em ano eleitoral, ele quer demonstrar que os Estados Unidos ainda são um grande articulador na política internacional”, afirma.
Brasil causa polêmica na cúpula do G7
O convite feito ao Brasil trará mais uma polêmica para além da questão da Crimeia, de acordo com Pavese. “A participação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro pode deixar o clima mais tenso. A razão principal para isso é o desalinhamento político entre o Brasil e todos os países que compõem o bloco, com exceção dos Estados Unidos. Uma outra razão secundária para o desconforto é a recusa de Bolsonaro em aceitar a ajuda financeira do G7 no ano passado, para combate das queimadas na Amazônia”, diz.
Sobre a ESPM
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