A tecnologia tem sido grande aliada para melhorar a produtividade agrícola e diminuir as perdas ocasionadas por pragas que podem comprometer as lavouras e plantações. Por isso, diferentes empresas têm unido suas expertises para oferecer um serviços completos para as atuais demandas do segmento.
E mesmo em meio a crise, os resultados são animadores no setor agrícola, pois foi o único em crescimento no Brasil no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Também por conta disso, o país tem se tornado um celeiro internacional de inovação para o agronegócio. É o caso, por exemplo, da ARPAC – startup voltada para serviços e tecnologias agrícolas, que acaba de iniciar suas operações nos Estados Unidos.
Com o primeiro voo de drones realizado nos Estado Unidos agora em agosto, a iniciativa é fruto de uma parceria que acontece no Brasil, desde 2018, entre a ARPAC e a Taranis – startup israelense de tecnologia de monitoramento agrícola de precisão. Ambas uniram seus know-hows de desenvolvimento e operação de drones agrícolas e o uso de inteligência artificial para detecção de anomalias. Juntas, as empresas chegaram a sobrevoar 75 mil hectares, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
“Nós montamos uma equipe para os Estados de Indiana e Illinois e devemos ampliá-la até março do ano que vem. A parceria com a Taranis tem permitido ao produtor brasileiro o acesso a uma análise precisa da saúde da sua lavoura, um dia após o sobrevoo dos drones. Temos certeza que internacionalmente esta parceria tem o mesmo potencial”, conta Eduardo Goerl, CEO e fundador da ARPAC.
Desde o início da parceria, este trabalho agrícola conjunto tem gerado resultados satisfatórios. Isso porque as equipes de operação de campo tem o treinamento completo e utilizam o drone fabricado pela própria ARPAC, gerando imagens de alta resolução que são enviadas para análise da Taranis e disponibilizadas aos produtores rurais. Após receber as imagens, a startup israelense realiza análises completas para identificação de pragas, doença e plantas daninhas. Assim, é possível visualizar a lavoura de forma ampla e ágil, e detectar anomalias na produção com alto nível de detalhamento para tomadas de decisão mais assertivas.
“Continuar expandindo nossa parceria com a ARPAC e utilizando seus drones permitirá que a Taranis expanda consideravelmente nossa presença nos mercados do Brasil e dos EUA”, disse Ofir Schlam, CEO e cofundador da Taranis. “Os drones da ARPAC combinados com nossas Soluções AI2 SmartScout nos permitirão cobrir exponencialmente mais hectares e fornecer os nossos serviços de imageamento, análises e prescrições, necessárias para que os agricultores possam ser mais lucrativos durante este tempo de alta volatilidade.”
No Brasil, as principais culturas já trabalhadas a partir desta parceria são soja, milho, cana e arroz, enquanto que nos Estados Unidos, inicialmente, serão soja e milho.
Sobre a ARPAC
Fundada em 2016, pelo administrador de empresas e piloto de avião, Eduardo Goerl. A ARPAC nasceu após Eduardo enxergar potencial de utilização de tecnologia de drones para pulverização agrícola. Desde então a ARPAC passou a firmar parcerias com o setor, inclusive com empresas como ACE, BASF, Raízen, Agribela e Taranis, tendo sobrevoado mais de 100 mil hectares para pulverização de químicos, liberação de macro-biológicos e captação de imagens. Com polos de operação no Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e Mato Grosso, conta com 25 funcionários e já recebeu R$ 2,5 milhões em investimentos (DroneFund, ACE/BASF, BVC, e investidores-anjo).