Em dezembro de 2018, o volume do setor de serviços variou 0,2% frente ao mês anterior, mantendo o quadro de estabilidade verificado em outubro (0,1%) e novembro (0,0%). Na série sem ajuste sazonal, frente a dezembro de 2017, o volume de serviços variou -0,2% interrompendo uma série de quatro taxas positivas seguidas nessa comparação. O acumulado no ano foi de -0,1%, o quarto ano seguido de retração, com perda de 11,1% nesse período.
Na passagem de novembro para dezembro de 2018, apesar da ligeira variação de 0,2% no volume de serviços, apenas o ramo de serviços de informação e comunicação (0,2%) cresceu frente ao mês anterior, emplacando, inclusive, a quarta taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 1,8%. Dentre as quatro atividades que tiveram retração nesse mês, o principal impacto negativo ficou com o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,5%), que acumula perda de 4,3% entre setembro e dezembro.
Os demais recuos vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,6%), de outros serviços (-0,2%) e de serviços prestados às famílias (-0,1%), com o primeiro eliminando o acréscimo de 0,3% observado no mês anterior; o segundo devolvendo uma pequena parcela do avanço de 6,0% alcançado no período outubro-novembro; e o último mostrando ligeira perda frente ao resultado do mês anterior (0,4%).
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o volume de serviços variou 0,1% no trimestre encerrado em dezembro de 2018 frente ao nível do mês anterior, após recuar 0,1% no trimestre terminado em novembro. Entre os setores, ainda nessa comparação, o ramo de outros serviços (1,8%) apresentou a expansão mais intensa, seguido pelos serviços de informação e comunicação (0,4%), ambos mantendo a trajetória ascendente iniciada em setembro de 2018.
Em contrapartida, o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,2%) registrou a queda mais significativa e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro último. As demais taxas negativas vieram dos serviços prestados às famílias (-0,2%) e dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,1%), com o primeiro revertendo a variação positiva registrada em novembro (0,3%); e o segundo mantendo a trajetória descendente iniciada em outubro último.
Na comparação com dezembro de 2017, o volume do setor de serviços variou -0,2% em dezembro de 2018, com retração em duas das cinco atividades e em 53,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, a influência negativa mais relevante desse mês ficou com o ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares (-4,2%), pressionado, em grande medida, pela queda na receita das atividades de serviços de engenharia, de vigilância e segurança privada, de transporte de valores, de locação de automóveis e consultoria em gestão empresarial. O outro recuo ficou com o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,4%), explicado, sobretudo, pela queda na receita das empresas que atuam nas atividades de correio, de armazenamento, de transporte marítimo de longo curso, de concessionárias de rodovias e de apoio ao transporte de carga.
Por outro lado, os serviços de informação e comunicação (1,6%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o índice global, impulsionados, sobretudo, pelo aumento na receita oriunda de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, de consultoria em tecnologia da informação e de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet. Os demais resultados positivos vieram dos serviços prestados às famílias (3,1%) e de outros serviços (2,3%), explicados, em grande parte, pelos incrementos de receita vindos das empresas do ramo de hotéis, no primeiro setor; e de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde, no último.
No acumulado para janeiro-dezembro de 2018, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços variou -0,1%, com recuo em duas das cinco atividades e em 58,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) exerceram o principal impacto negativo sobre o índice global, pressionado, em grande parte, pela retração na receita vinda dos segmentos de atividades de cobranças e informações cadastrais, de soluções de pagamentos eletrônicos, de serviços de engenharia e de vigilância e segurança privada. O outro setor que também mostrou recuo em 2018 foi o de serviços de informação e comunicação (-0,5%), explicado, principalmente, pela menor receita recebida pelas empresas do ramo de telecomunicações.
Em contrapartida, as contribuições positivas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,2%), de outros serviços (1,9%) e de serviços prestados às famílias (0,2%), impulsionados, sobretudo, pelo avanço no volume de receitas de transporte rodoviário de carga, de gestão de portos e terminais, de transporte aéreo de passageiros e de operação de aeroportos, no primeiro setor; de atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias e administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no segundo; e de hotéis, no último.
Serviços caem em 23 das 27 unidades da federação no acumulado em 2018
No acumulado de janeiro a dezembro de 2018, frente a igual período do ano anterior, o decréscimo do volume de serviços no Brasil (-0,1%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 23 das 27 unidades da federação também mostraram recuo na receita real de serviços. O principal impacto negativo, em termos regionais, ocorreu no Rio de Janeiro (-3,2%). Cabe mencionar ainda os recuos vindos de Ceará (-7,1%), Bahia (-3,3%), Paraná (-1,7%) e Rio Grande do Sul (-1,7%). Por outro lado, São Paulo (2,1%) registrou a contribuição positiva mais relevante sobre índice nacional.
Na passagem de novembro para dezembro de 2018, 18 das 27 unidades da federação tiveram alta no volume dos serviços, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando a variação positiva (0,2%) observada no país. Entre os locais que apontaram resultados positivos nesse mês, destaque para o Rio de Janeiro (1,6%) e para São Paulo (0,3%), com o primeiro recobrando parte da perda de 5,1% verificada entre setembro e novembro; e o último emplacando a quinta taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 2,7%.
Em contrapartida, as principais influências negativas em termos regionais vieram de Mato Grosso (-9,7%), do Ceará (-6,3%) e da Bahia (-2,0%), com o primeiro sendo pressionado pelos recessos característicos dessa região no transporte rodoviário de carga; o segundo sendo impactado pelo segmento de seleção e agenciamento de mão-de-obra; e o último afetado por menores receitas vindas de telecomunicações e atividades de apoio à agricultura.
Em relação a dezembro de 2017, o decréscimo do volume de serviços no Brasil (-0,2%) foi acompanhado por 19 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa veio do Rio de Janeiro (-7,4%), com recuos em três dos cinco setores pesquisados, destacando-se os serviços de informação e comunicação (-17,3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-14,6%).
Por outro lado, a contribuição positiva mais importante para a formação do índice global veio de São Paulo (3,1%), que apontou avanço em três das cinco atividades investigadas, com destaque absoluto para os serviços de informação e comunicação (11,4%), impulsionado pelos serviços de tecnologia da informação.
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
Na passagem de novembro para dezembro de 2018, o índice de atividades turísticas recuou 1,0%, a quarta taxa negativa seguida nesta comparação, período em que acumulou perda de 3,1%. Regionalmente, cinco das 12 unidades da federação acompanharam este movimento de queda observado no país. São Paulo (-2,7%) registrou a perda mais importante, enquanto o Rio de Janeiro (3,9%) teve a alta mais significativa.
Na comparação com dezembro de 2017, o volume de atividades turísticas no país cresceu 1,5%. Em termos regionais, apenas três das 12 unidades da federação investigadas mostraram avanço. As contribuições positivas mais relevantes foram as de São Paulo (5,3%), Ceará (13,5%) e Rio de Janeiro (2,2%). Em contrapartida, os impactos negativos mais relevantes vieram do Paraná (-9,9%), de Minas Gerais (-3,7%) e do Rio Grande do Sul (-5,4%).
No acumulado de janeiro a dezembro de 2018, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 2,0% frente a igual período do ano passado. Regionalmente, oito dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (5,1%), Pernambuco (4,4%), Ceará (6,6%) e Minas Gerais (1,3%). Já Rio de Janeiro (-3,4%) e Paraná (-5,9%) tiveram as principais influências negativas.