Royalties musicais têm um potencial de mercado bem interessante. Aproveitar esse potencial pode ser uma boa ideia para conseguir rendimentos significativos. Em um mundo cheio de oportunidades, diversificar sua carteira pode gerar resultados bons para os seus investimentos.
Investir em música, por exemplo, é uma opção nova pouco explorada. Especialmente por ser nova tem atraído vários investidores pelo mundo. Conhecer o mercado dos royalties musicais é uma boa alternativa para lucrar com suas músicas favoritas.
Como funciona o mercado de royalties musicais?
Certamente é fundamental entender a situação do mercado musical e do investimento em royalties musicais para ter um bom retorno. Em 2020 os investidores nacionais passaram a ter resultados financeiros bons aplicando parte de seu capital em músicas.
O retorno dos investimentos consiste em ganhar uma parcela ligada aos direitos autorais das músicas que escolher investir. O valor pode estar ligado não só à execução em show em locais públicos como também à reprodução em plataformas digitais.
Por ter um cenário de juros baixos, esse tipo de aplicação pode ser interessante para quem busca novas opções de investimento. Além de ter um retorno atrativo, também é uma maneira de apoiar trabalhos artísticos de músicos que você admira.
Como funcionam os recebíveis?
Os recebíveis são os pagamentos de royalties sobre os direitos autorais. Isto é, eles recaem tanto sobre a obra (composição, criação) quanto sobre o fonograma (gravação e mixagem).
Nas operações realizadas pela Hust, os clientes serão cessionários dos recebíveis por 78 meses, a contar de outubro de 2020.
Os royalties são recolhidos e distribuídos todos os meses pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) ou pela Ubem (União Brasileira de Editoras de Música). Essa operação é pautada no número de execuções da música, sem haver qualquer interferência externa da Hust ou de qualquer outra empresa.
A taxa interna de retorno pode variar, pois depende exclusivamente do número de reproduções das obras. No entanto, vale lembrar que existem alguns condicionantes ligados à negociação de royalties musicais. Nesse sentido, as condições devem ser definidas na oferta dos ativos considerando os seguintes pontos:
- número de composições vinculadas à carteira (uma única canção, uma coletânea, músicas de apenas um artista ou vários, entre outras);
- período em que os royalties estão sob posse do comprador (um número específico de anos ou a vida toda);
- direitos que estão dispostos na oferta (reprodução em streaming, rádios, filmes, novelas, entre outros).
Vale ressaltar que, assim como acontece em todo o mercado, quanto maior for o potencial de ganhos vinculados aos direitos, maior será o preço negociado.
O que influencia no preço do ativo?
Veja a seguir os pontos que podem alterar a negociação, dessa maneira é possível garantir uma negociação mais tranquila e consciente:
Informações sobre o investimento
Fique atento à receita gerada nos últimos anos por esse investimento e ainda qual a música de maior destaque se for uma coletânea. Assim como é importante saber como os proventos são divididos em cada canal de reprodução.
Repartição do direito dos royalties musicais
Antigamente, o mercado de royalties apresentava preços muito altos, dificultando investimentos de menor teor. Hoje em dia, certamente existem maiores partições que permitem até que o pequeno investidor faça parte desse mercado.
Independência do mercado
A parte interessante desses ativos é que possuem certa independência em relação ao restante do mercado acionário. Ou seja, mesmo em tempos de crise, as pessoas continuam consumindo música. Dependendo da situação, a crise pode, até mesmo, aquecer o mercado fonográfico.
Qual o retorno do investimento em música?
O retorno do investimento em royalties musicais varia a partir da carteira escolhida e do sucesso das canções durante o lançamento. Assim como varia de acordo com a popularidade após o primeiro momento em que é lançada.
A empresa projeta um cenário-base da operação de funk com um retorno de 15,75% ao ano. Em um cenário pessimista, por exemplo, o retorno projetado é de 11,13% ao ano. Em síntese, o investimento tem prazo de três anos, e após esse período os direitos serão revendidos.
Retornos como esse são maiores do que aqueles esperados nas rendas fixas tradicionais. Enquanto fundos de renda fixa registraram ganho médio de 2,37% ao ano no Brasil, e a poupança, 2,12% de rendimento ao ano.
Antes de trabalhar com o funk, a Hurst adquiriu os direitos de obras do rock nacional, como as músicas de Paulo Ricardo. Dentro da lista, estão sucessos como Rádio Pirata, Olhar 43 e Vida real (canção que abre o Big Brother Brasil). Devido ao sucesso e à perenidade das músicas do cantor de rock, a operação teve um grande retorno, captando mais de R$ 1,5 milhão em investimentos.
A fintech também trabalhou com outros setores da música brasileira. Com os direitos sobre as obras do pianista João Luiz de Avellar, compositor de MPB e bossa nova, a empresa captou mais de 2,5 milhões de reais. Já com as obras de Philipe Picadinha, autor que compõe para artistas que trafegam entre o sertanejo e pagode, a Hust conseguiu mais de 1,8 milhões de reais.
Sendo assim, fazer investimento em música e conseguir parte desses rendimentos pode ser uma boa opção de diversificação. Principalmente em um momento em que a taxa básica de juros apresenta um nível baixo.
Como investir em royalties musicais?
Atualmente, comprar e vender royalties musicais ficou mais fácil. Decerto por causa de uma série de plataformas que passaram a ofertar títulos para investimento em música. Assim como os fundos de investimentos pautados nesse setor de negociação.
De fato existem alguns sites estrangeiros que trabalham com esse tipo de serviço, por exemplo, a Royalty Exchange. Essa plataforma pode ser entendida como um mercado de royalties online dos mais diversos setores, tais como:
- Música;
- cinema;
- TV;
- livro;
- farmacêuticos;
- propriedade intelectual;
- gás;
- energia solar;
- entre outros.
Fundada em 2011, a empresa apresenta tanto leilões como IPOs em catálogos de investimento em música. Além disso, outras empresas seguem a mesma direção: a Lyric Financial, SongVest e Anote Music.
Assim também existem fundos de investimentos que buscam alocar recursos em ativos musicais. Nesse sentido, a empresa AGI Partners, que tem todo seu capital social na Bolsa de Londres, desenvolveu um fundo para investir em artistas emergentes.
Ainda em Londres, o fundo Round Hill Music Royalty tem grande destaque. Atualmente, é o maior fundo de investimento no mercado, com captações que giraram em torno de mais de 300 milhões de dólares, em 2020.
No Brasil, a empresa que fornece a possibilidade de investimento em royalties musicais é a Hurst Capital. Ou seja, pelo site da empresa, é possível que os investidores de varejo analisem e adquiram as cotas em que se interessarem.
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