Dentre os planos de saúde que beneficiam 50,3 milhões de brasileiros atualmente, 13% serão afetados por um reajuste que vai de 16,7% até 24,9%.
Isto porque a maioria dos convênios nesse setor, que apresentam o maior crescimento dentre as modalidades, busca reconstruir os lucros e melhorar o fluxo de caixa após o desgaste da sinistralidade.
Ao final de março, o lucro líquido registrado foi de apenas R$ 2,5 milhões, resultado inferior em comparação a 2020, valor que representou R$ 18,7 bilhões.
A crescente na procura pelo serviço em 2020, que apresentava queda desde 2015, foi um dos impactos econômicos causados pela Covid-19 – a crise sanitária provocou a preocupação das pessoas e das empresas pela garantia do acesso aos serviços de saúde em períodos de alta demanda, além de aumentar a conscientização sobre saúde mental devido às instabilidades causadas pelo isolamento, que promoveu a modalidade home office e aumentou a falta de contato humano.
Desde o início da crise, houve 2,4 milhões de contratações de convênios.
Apesar do aumento crescente de beneficiários – 1,6 milhão anexados entre novembro de 2021 e o mesmo período em 2022, representando o maior registro desde 2014 – o dinheiro não segue o mesmo caminho.
O prejuízo operacional simboliza o pior registro desde 2001, com R$ 11,5 bilhões.
Só no segundo trimestre de 2022, foram R$ 4,4 bilhões, valor histórico. O negativo líquido foi de R$ 1,7 bilhão.
A razão pelo aumento de usuários de planos médico-hospitalares está atrelada ao fato da geração de empregos formais.
A partir do momento que um brasileiro está formalmente contratado, ele inicia o uso dos planos de saúde disponibilizados pela empresa que o contratou.
Atualmente, 41,4 milhões (82%) dos 50,4 milhões de cidadãos que possuem acesso a este benefício estão ligados a empresas, enquanto 8,9 milhões se enquadram nas categorias individuais ou familiares.
O especialista Iuri Leite, fundador da SecureCard, cartão de multibenefícios, pontua que cada vez mais os brasileiros estão buscando alternativas acessíveis à saúde, mas fugindo dos tradicionais convênios, que mensalmente cobram preços cada vez mais altos, por isso a criação de novos sistemas podem otimizar o cenário do país.
“O cartão de benefícios de saúde é uma outra alternativa viável que oferece descontos em procedimentos, consultas e outros serviços credenciados. Com um valor mensal para a administradora é possível usufruir dos benefícios e descontos”, comenta Iuri.
A poupança é um dos modelos mais difíceis, já que dispõe de um valor um tanto quanto alto mensalmente para cobrir as despesas de clínicas e hospitais particulares. Atualmente existem planos de poupança com valores acima de R$350,00 mensal.