No competitivo mercado da inteligência artificial, a disputa por talentos está cada vez mais milionária — ou melhor, bilionária, quando convertidos em reais.
O fundador da Meta, Mark Zuckerberg, fechou a contratação do pesquisador Matt Deitke, de apenas 24 anos, por um pacote estimado em US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão).
Uma negociação bilionária
De acordo com o The New York Times, a primeira oferta da Meta foi de US$ 125 milhões, entre ações e salário. O jovem recusou, preferindo seguir à frente de sua startup Vercept, voltada para agentes autônomos de IA.
Zuckerberg, no entanto, não desistiu. Encontrou-se pessoalmente com Deitke e apresentou uma nova proposta: US$ 250 milhões, com até US$ 100 milhões pagos já no primeiro ano. Desta vez, o pesquisador aceitou.
Quem é Matt Deitke?
Doutorando pela Universidade de Washington e pesquisador no Allen Institute for AI, Deitke ganhou destaque ao liderar o desenvolvimento do Molmo, um chatbot multimodal capaz de compreender texto, imagens e áudio.
Seu trabalho lhe rendeu o prêmio de Artigo de Destaque na NeurIPS 2022, uma das conferências mais prestigiadas do setor — reconhecimento concedido a apenas uma dúzia de pesquisadores entre mais de 10 mil inscritos.
Em 2024, fundou a Vercept, que rapidamente chamou atenção de gigantes da Tecnologia. A startup atraiu investidores como Eric Schmidt (ex-CEO do Google) e Jeff Dean (cientista-chefe do Google DeepMind), levantando R$ 87 milhões em rodada inicial de investimentos em janeiro de 2025.
A estratégia da Meta
A chegada de Deitke reforça a ambição da Meta de criar um laboratório global de superinteligência, projeto já financiado com mais de US$ 1 bilhão, em disputa direta com OpenAI, Google DeepMind e xAI, de Elon Musk.
Zuckerberg afirma que a IA superinteligente pode inaugurar uma nova era de empoderamento individual e, para isso, está disposto a investir pesado nos melhores talentos do mundo.