São Paulo, 11 de julho de 2019 – Uma nova combinação com o medicamento ibrutinibe foi aprovada no Brasil[1] para Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) ou Linfoma Linfocítico de Pequenas Células (LLPC). Na nova posologia liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)1, o medicamento poderá ser associado ao obinutuzumabe para o tratamento de 1ª linha desta doença. A LLC é a forma mais comum de leucemia em adultos[2]. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a LLC e o LLPC como espectros da mesma doença.
A aprovação baseou-se nos dados do estudo de fase 3 iLLLUMINATE[3], que demonstrou a superioridade de IMBRUVICA® (ibrutinibe) + obinutuzimabe versus o tratamento padrão na população idosa e/ou com comorbidades – quimioimunoterapia com clorambucil e obinutuzumabe. O período de acompanhamento foi de dois anos e meio. De acordo com os resultados, o novo esquema com ibrutinibe e obinutuzumabe reduziu em 77%3 o risco de progressão da doença ou de morte. Entre os pacientesde alto risco a redução da possibilidade desses eventos foi de 85%3.
Outra novidade referente a ibrutinibe diz respeito à atualização das recomendações do National Comprehensive Cancer Network (NCCN) – uma aliança sem fins lucrativos dos 28 principais centros acadêmicos dedicados ao câncer dos Estados Unidos. Na atualização da diretriz de tratamento, o medicamento foi considerado o único regime preferencial , com nível de evidência categoria 1, para o tratamento de 1ª linha da LLC, independentemente do perfil do paciente[4]. Além disso, segundo o NCCN, o ibrutinibe é um dos regimes preferenciais também para o tratamento da LLC recaída/refratária – quando a doença retorna após um período de controle ou quando a doença é resistente às terapias4.
Sobre ibrutinibe
Ibrutinibe foi o primeiro de uma nova classe de medicamentos chamada de inibidores da tirosina quinase de Bruton (BTK). Por meio do bloqueio dessa proteína, o medicamento ajuda a controlar e a reduzir o número de células cancerosas. O medicamento é um antineoplásico oral e pode ser administrado em casa pelo próprio paciente, sem necessidade de internação. Por ser uma terapia-alvo e interferir diretamente na causa da doença, é efetivo e tolerável, sendo os eventos adversos mais frequentes, a diminuição do numero de glóbulos brancos e plaquetas, pneumonia e fibrilação atrial Atualmente está indicado no Brasil para adultos em tratamento de Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), incluindo o Linfoma Linfocítico de Pequenas Células (LLPC), de Linfoma de Células do Manto, de Macroglobulinemia de Waldenström e Linfoma de Zona Marginal, além da doença do enxerto contra o hospedeiro crônica[5].
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