Especialistas do mercado de marketing e Tecnologia apontam que os programas de fidelidade devem passar por uma transformação estrutural em 2026. O modelo tradicional baseado apenas em pontos, cashback e recompensas tende a evoluir para ecossistemas integrados de relacionamento, nos quais dados e tecnologia têm papel central.
A avaliação é que a fidelização deixa de ser uma ação pontual e passa a compor a estratégia ampla de relacionamento, retenção e geração de valor para o consumidor.
Programas passam a atuar como mídia ativa
Uma das principais tendências é o uso dos programas de fidelidade como plataforma de comunicação e engajamento. Nesse modelo, cada interação do consumidor — como compras, participação em campanhas ou indicação de produtos — pode gerar recompensas mensuráveis.
A lógica é remunerar a atenção do usuário, integrando marketing, performance e produto em um mesmo ambiente de relacionamento.
Personalização em escala ganha relevância
Dados levantados pela 4ª edição da pesquisa Panorama da Fidelização no Brasil, realizada pelo Tudo Sobre Incentivos (TSI) e pela ABEMF, indicam que 78,3% dos consumidores consideram ofertas e benefícios personalizados um fator importante para permanecerem com a mesma marca.
Com o avanço da inteligência artificial, programas mais avançados já utilizam análise de comportamento para prever interesses e oferecer recompensas em tempo real. A expectativa é que a personalização deixe de ser diferencial e passe a ser requisito competitivo.
Blockchain reforça segurança e transparência
A tecnologia blockchain também começa a ser incorporada aos sistemas de fidelidade. Especialistas afirmam que a ferramenta pode trazer rastreamento, regras mais claras e maior confiabilidade para o uso de pontos e recompensas, além de facilitar parcerias entre empresas e a criação de marketplaces próprios.
Propósito ganha espaço nas estratégias
Outro movimento observado é o fortalecimento de iniciativas vinculadas a impacto social e propósito. Programas que permitem converter pontos em doações, experiências ou ações comunitárias tendem a atrair consumidores — especialmente os mais jovens — que esperam posicionamento e responsabilidade por parte das marcas.
Fidelização deixa de ser custo e passa a ser investimento
A expectativa de especialistas é que, em 2026, a fidelização seja definitivamente tratada como parte estratégica do negócio, e não apenas como despesa operacional. Com isso, os programas devem ser usados para gerar dados, testar iniciativas, apoiar inovações e fortalecer o relacionamento de longo prazo com os clientes.
A avaliação é que fidelizar não significa restringir escolhas do consumidor, mas oferecer motivos consistentes para que ele decida permanecer com a marca.





















