O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre homens no Brasil e o quarto mais frequente no mundo, segundo o movimento Lado a Lado pela Vida. Embora seja uma doença recorrente, as chances de cura são elevadas quando o diagnóstico ocorre precocemente — ponto reforçado pelas campanhas de conscientização do Novembro Azul.
Tecnologia como apoio ao diagnóstico
A incorporação de ferramentas digitais tem contribuído para aumentar a precisão e a agilidade no diagnóstico. Entre as soluções utilizadas por profissionais da saúde estão plataformas de visualização e laudo radiológico que auxiliam na análise de exames de imagem e podem se integrar a diferentes tecnologias de inteligência artificial (IA).
Esses sistemas permitem identificar automaticamente exames com possíveis alterações, como sinais suspeitos na próstata, priorizando-os na fila de análise. Dessa forma, médicos radiologistas conseguem avaliar primeiro os casos considerados mais urgentes, o que pode acelerar o início do tratamento.
Prioridade para casos suspeitos
Segundo Paula Castillo, coordenadora de Produtos para Medicina Diagnóstica da Pixeon, soluções interoperáveis possibilitam que exames processados por algoritmos de IA enviem automaticamente informações ao sistema central. Caso o algoritmo identifique indícios de alteração, o exame é priorizado. “Isso permite que o radiologista se concentre primeiro nos pacientes que mais precisam de atenção”, afirma.
Análises mais precisas
Além da priorização, esses softwares oferecem recursos que contribuem diretamente para a análise clínica, como a medição automática do volume da próstata. Esse parâmetro auxilia na diferenciação entre o aumento natural da glândula — comum com o avanço da idade — e possíveis sinais de doenças. A precisão do cálculo também é relevante no acompanhamento de pacientes já em tratamento.
Importância do diagnóstico precoce
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 71 mil novos casos de câncer de próstata por ano até 2025. Especialistas recomendam que homens a partir dos 50 anos — ou dos 45, no caso de histórico familiar — discutam com seus médicos a necessidade de exames preventivos.
Ganhos de eficiência no sistema de saúde
Para profissionais da área, o uso de tecnologia tem contribuído para tornar os fluxos de trabalho mais eficientes. “Com recursos especializados e a possibilidade de priorização dos casos mais críticos, essas plataformas permitem que os médicos dediquem mais tempo à análise clínica, enquanto o sistema ganha em escala e eficiência”, explica Paula.




















